A exposição “Águas Vivas: Mares, Rios e Lagos na Arte Europeia (Séculos XVII-XX)”, à qual o Festival Terras sem Sombra se associa, vai estar em exibição no Centro das Artes de Sines, entre 17 de Dezembro e 17 de Fevereiro.
Esta mostra, com curadoria do historiador da arte José António Falcão, revela-se, segundo o Festival Terras Sem Sombra, «uma oportunidade única para conhecer perto de uma centena de obras portuguesas e internacionais, quase todas inéditas, provenientes de coleções do Alentejo», que evocam diferentes dimensões dos mares, rios e lagos.
A mostra abrange igualmente obras de autores portugueses que trabalharam em Sines, como Emmerico Nunes, Nikias Skapinakis, Álvaro Perdigão ou Graça Morais.
Fruto de um esforço de sistematização de escolas e tendências, a exposição organiza- se em torno de quatro núcleos temáticos.
O primeiro, “Atmosferas, Horizontes, Impressões”, expressa o apelo ao olhar que constituem as extensões aquáticas. Navigare necesse est, “é preciso navegar”, frase atribuída por Plutarco a Pompeu, manifesta a importância, real e simbólica, de singrar as águas numa embarcação. Já o núcleo “Os Trabalhos e os Dias” exorta a pesca enquanto anamnese – uma recordação penetrante – que permite ir ao encontro de elementos do inconsciente.
Por fim, o núcleo “Uma Miríade de Signos” pretende recordar que no elemento água coabitam a ordem e o caos, a ação e a contemplação.
«Tudo isto cobra um especial sentido em Sines, a terra natal de Vasco da Gama, uma localidade estruturalmente ligada, pela geografia e pela história, ao Atlântico», realça o Terras Sem Sombra, acrescentando que a «exposição lembra também Al Berto, o poeta que dedicou grande parte da sua obra a Sines».
A mostra tem curadoria do historiador da arte José António Falcão e museografia do arquiteto Ricardo Pereira e da conservadora-restauradora Sara Fonseca.
“Águas Vivas: Mares, Rios e Lagos na Arte Europeia (Séculos XVII-XX)” é uma iniciativa do Centro de Artes de Sines e do Museu de Sines, em parceria com a Real Sociedade Arqueológica Lusitana e a Pedra Angular – Associação de Salvaguarda do Património do Alentejo, com o apoio da União Europeia, através do Programa Operacional Mar 2020 (Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas).
A entrada é gratuita.
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