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Resolvido o «dilema» com Macário, Cristóvão Norte é o candidato do PSD à Câmara de Faro

O segredo imposto há semanas foi finalmente revelado, mas não surpreendeu ninguém: Cristóvão Norte é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Faro, e Macário Correia assumirá o papel de “nº 1” à Assembleia Municipal. Para isso, os dois tiveram de resolver um «dilema», porque cada um achava o outro «o melhor candidato».

Discursando na praceta que tem o nome do pai, esta sexta-feira, 30 de Maio, em Faro, na apresentação oficial da candidatura, o social-democrata disse que quer resolver o «subfinanciamento crónico» da autarquia e prometeu, entre outras medidas, exigir ao Aeroporto de Faro que pague as «externalidades negativas» que provoca.

Há um «conjunto de necessidades», prosseguiu o deputado do PSD, que «impõem esforços financeiros incompatíveis com os recursos financeiros disponíveis» em Faro nas últimas décadas. Um «grande pavilhão multiusos», habitação, saúde, mais equipamentos desportivos, a renovação de estradas e caminhos, o apoio ao mundo associativo e a correção dos erros no espaço público foram alguns dos temas que elegeu como prioridades.

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Para começo de conversa, Cristóvão Norte quis ser «claro e transparente» muito cedo no seu discurso e respondeu de forma direta a quem disse que ele próprio «não desejava estar em Faro» e que «quando ganhasse, sairia e rasgaria o compromisso para passar a pasta a outro», citou.

«Afirmo perante todos que, quando vencermos esta eleição, a Assembleia da República será apenas uma página do meu passado. Um passado de que me orgulho, que me deu o privilégio de ser porta-voz da minha terra, mas passado e nada mais que passado. Estou aqui, estou em Faro, estou convosco de corpo e alma», disse o presidente do PSD/Algarve, utilizando, como várias vezes o fez hoje no seu discurso, o lema de campanha.

O social-democrata, de 48 anos, declarou, porém, que esta candidatura não é um projeto só seu. «Somos dois, eu e Macário Correia. Hoje aqui somos muitos, e amanhã seremos ainda muitos mais», afirmou.

Questionado pelo Sul Informação, após o discurso, sobre o tema, Cristóvão Norte frisou que apoiaria o ex-presidente das Câmaras de Faro e Tavira se este tivesse assumido uma candidatura, mas falou de um «dilema».

«Mas nós tivemos um dilema. É que o Macário Correia disse-me que eu era o melhor candidato. E eu disse que o melhor talvez fosse o Macário Correia. Como ele conhece mais de autarquias do que eu, eu presumi que ele tinha razão e aceitei o desafio», contou.

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Perante Rogério Bacalhau, atual presidente da Câmara e que estava presente, sentado na primeira fila, elogiou as «conquistas importantes» dos seus executivos, como a «recuperação financeira» da autarquia, a requalificação de zonas nobres da cidade, o investimento na educação, a execução da variante norte e a oferta cultural.

Mas a sua ambição, declarou, é «levar Faro a um novo patamar» e torná-la «a verdadeira capital do Sul» do país.

E para isso, é preciso «resolver uma questão chave», relativa ao orçamento disponível e ao subfinanciamento crónico. «Na região, Faro é um dos municípios que regista menor investimento por habitante, não por resultado da vontade dos sucessivos presidentes, mas sim das leis nacionais que estabelecem as fontes de receita», apontou.

Faro terá de arranjar «soluções de financiamento que rompam o bloqueio a que tem sido sujeito» e, uma das medidas, especificou, será abrir um «processo negocial» com entidades que provocam «sobrecarga de custos» e «externalidades negativas», sem compensações devidas e salvaguardadas.

Indicou o caso do Montenegro, onde o Aeroporto provoca «impactos» diretos no ambiente, estacionamento e requalificação urbana. «Importa assegurar que essa entidade assuma as suas responsabilidades», sustentou.

Falou ainda de uma taxa turística que, nos atuais moldes, é «assimétrica, injusta e penalizadora dos territórios».

Caso seja eleito, Cristóvão garantiu, no âmbito de conversas com o primeiro-ministro, atual e indigitado, e com a atual ministra da Saúde, ter o «compromisso» de que será instalado em Faro, onde 7 mil pessoas não têm médico de família, uma das cinco Unidades de Saúde Familiar do tipo C previstas para o Algarve. Mas, caso isso não aconteça, promete avançar com uma candidatura, em parceria com uma IPSS, para resolver aquele problema até ao final do próximo mandato.

Defendeu ainda o recrutamento de mais auxiliares e professores, a construção de «mais campos e pavilhões», e asseverou que «há condições» para lançar concurso para 500 fogos, a custos controlados ou de habitação social, em Braciais, Vale da Amoreira, Lejana e Penha.

Questionado pelos jornalistas sobre o apoio de outros partidos – o PSD encabeçou uma coligação com mais quatro forças políticas em 2021 –, Cristóvão Norte preferiu destacar a «presença de centenas de pessoas que não têm, nem tiveram, qualquer intervenção no espaço político».

Mas confessou-se «de braços abertos» para quem quiser apoiar. De resto, Rodrigo Borges de Freitas, líder do CDS-PP Algarve, esteve numa plateia em que, na primeira fila, destacou-se a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, eleita deputada pelo Algarve nas recentes Legislativas.

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O candidato a presidente da Assembleia Municipal de Faro pelo PSD, Macário Correia, confessou que houve «alguma expetativa» em relação às funções e vontades de cada um. «Estamos aqui de uma forma clara, com tudo isso bem esclarecido e definido», atirou.

O ex-autarca de Faro e Tavira defendeu a exigência de que Faro seja «a cidade de referência» nesta zona do Algarve. «Queremos que Faro tenha mais centralidade e capitalidade. Tem de ser Faro a marcar o ritmo», afirmou.

«Quero retribuir em tempo, em generosidade e em trabalho aquilo que Faro me deu. Nesta cidade, trabalhei em muitas circunstâncias. Fui presidente da Câmara de Faro, fui presidente da AMAL, mas foi sobretudo aqui que vivi ‘um dia inicial, inteiro e limpo’, nessa madrugada que começou no Bom João, passou pelo Liceu e depois a descer as ruas de Faro. É a memória mais bonita que tenho de Faro», concluiu, em referência do 25 de Abril de 1974.

Em Faro, também já anunciaram a sua candidatura à presidência António Miguel Pina (PS), atual presidente da Câmara de Olhão, e Duarte Baltazar (CDU).

Fotos: Edgar Pires | Sul Informação

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