Em Março, a Arandis publicou o livro “Imagens de uma vida”, da autora Maria Helena do Carmo.

Esta é uma biografia de Dona Guiomar Madalena de Sá Vasconcelos Bettencourt Machado de Vilhena, líder inspiradora do século XVIII, cuja vida foi absolutamente marcada pelo sucesso e determinação. Nestas páginas, Maria Helena do Carmo leva-nos a viajar pelas memórias extraordinárias desta fidalga.

Já no mês de Abril, a mesma editora lançou “Era Uma Vez a Festa da Pinha”, um conto de Luís Barriga, com ilustrações da artista farense Ana Paula Almeida, pretende preservar a memória da origem da festa mais popular da aldeia de Estoi, no concelho de Faro.

No que respeita à poesia, a On y va Editora acaba de lançar “Primeira Lei de Geografia”, de Eduardo Jorge Duarte, um nome incontornável da poesia que se faz atualmente no Algarve.
Vejamos o que o autor nos diz: «Se uma diz quem sou, porque é o que melhor conheço, a outra permite-me ser quem quiser. Se enquanto geógrafo procuro explicar a realidade através de análises espaciais e representá-la com algum grau de abstração e generalização, recorrendo a mapas, já a poesia permite-me ir mais além, partindo da realidade tal como ela é (ou como me é dada a conhecer), para tantas outras, alternativas, que gostaria que fossem. A geografia é o chão, o físico, e a poesia é o céu, o metafísico. À partida, parecem duas coisas inconciliáveis, mas basta lembrar que desde os autores clássicos pretendemos responder a perguntas como ‘quem somos?’, ‘de onde vimos?’, ‘para aonde vamos?’, e quer a geografia, quer a poesia, se não ajudam à obtenção de melhores respostas, podem em conjunto contribuir para aprimorar e diversificar o espectro da máquina de perguntas que existe dentro de cada um de nós. Daí a geografia ser o chão e a poesia o céu. Para se dar um salto em direção ao infinito, é preciso conhecer a solidez de um ponto de apoio que nos permita o salto, o movimento, a ascensão e a queda».

Continuando pela poesia da On y va, tivemos a apresentação de “Marmelete – Um Roteiro da Nossa Freguesia”, por Afonso Marreiros Torrinha.
Um longo percurso por Marmelete, freguesia do concelho de Monchique, em versos que tocam mais de uma centena de lugares até que se chega à aldeia, onde o autor nasceu em 1936.
Este livro traz para o papel uma bela homenagem de Afonso Marreiros Torrinha à sua terra, palavras guardadas apenas na memória, ditas tantas vezes, mas que agora podem ser lidas pelo tempo fora.

Ainda pelos lançamentos da On y va, encontramos um romance de Paulo Moreira intitulado “Amster Dame”.
Corre o ano de 2014. Henrique Grená, um polícia português recém-reformado, está em Amesterdão e inicia uma investigação privada que nos leva a acontecimentos de setenta anos antes, aquando da ocupação nazi dos Países Baixos.
Nessa época negra do mundo, quem procurasse fazer o bem sabia que corria o risco de ser socialmente mal interpretado. A investigação de Henrique, numa cidade moderna e marcada pela diversidade, surge literalmente como contraponto do que aconteceu na II Guerra Mundial, com a sociedade neerlandesa oprimida pelos invasores.
Narrativa cativante, Amster Dame revela-nos uma relação amorosa entre dois jovens que queremos, ao longo da leitura, que continue pelo tempo fora. E permite-nos entender como a longa presença nazi nos Países Baixos deixou marcas bem profundas.

Na Traça Edições recebemos o livro “Escuta Quântica” de Pauline Oliveros, um manifesto pela escuta como ativismo. Oliveros mostra como a Escuta Profunda é a base para uma matriz social radicalmente transformadora: uma em que a compaixão e a paz constituem a base das nossas ações no mundo, ao fundir tecnologia e espiritualidade.
Boas leituras, e até para o mês que vem!
Obrigado por fazer parte desta missão!