Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
vila vita parc white asparagus

Reinaldo Teixeira quer levar para a Liga Portugal os valores que aprendeu em Salir

Reinaldo Teixeira, “filho” de Salir, no concelho de Loulé, um dos dois candidatos à presidência da Liga Portugal, com eleições intercalares marcadas para sexta-feira, quer levar para a entidade que regula o futebol profissional os mesmos valores que aprendeu com os pais no interior algarvio. Gestor de dezenas de empresas no grupo Enolagest, olha para a instituição sediada no Porto, na qual começou a colaborar como delegado há 29 anos, como «mais um grande desafio».

O dirigente, que até esta semana liderava a Associação de Futebol do Algarve (AFA) – deixou de exercer funções na terça-feira –, afirmou ao Sul Informação que sente «orgulho e responsabilidade» por ser o primeiro algarvio a concorrer a um cargo de liderança no futebol português.

«Sinto um grande orgulho e responsabilidade. Quem me conhece sabe que os valores que comecei a aprender dos mais pais, em Salir, e que muito me orgulho de poder passar aos meus filhos, andam comigo por todo o lado, independentemente da importância dos cargos», sublinha.

lagos eventos

São esses mesmos valores que Reinaldo Teixeira, de 61 anos, quer levar para a instituição que gere o futebol profissional, dirigida até Março por Pedro Proença, que agora lidera a Federação Portuguesa de Futebol. «A capacidade de fazer, executar e com os valores sempre presentes. Quero levar valores e capacidade de decisão», refere.

A eventual vitória nas eleições desta sexta-feira será «mais um passo natural» no sentido de «entregar ao futebol toda a experiência acumulada», depois de ter passado praticamente três décadas ao serviço da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, primeiro como delegado e, mais tarde, como coordenador do mesmo departamento.

«Estou na Liga há 29 anos, serei dos colaboradores mais antigos. Conheço a casa e as pessoas. Coordeno o maior e mais complexo departamento da casa, cujo desempenho, eficiência e discrição muito me orgulha», frisa.

Reinaldo Teixeira garante que conhece o futebol «desde a relva aos gabinetes de decisão» e conhece, «sobretudo», as pessoas.

Ao mesmo tempo que, fora dos relvados, criava o universo empresarial hoje agrupado na Enolagest, foi também jogador na Associação Cultural de Salir, entre 1983 e 1987, e na AFA passou 15 anos como presidente da assembleia geral e os últimos seis a liderar a direção.

«Sou um gestor que gosta de criar equipas executivas, focadas numa cultura de concretização e eficiência. É esta preparação que me faz sentir na obrigação de contribuir ainda mais para o futebol profissional», acrescenta.

Em caso de vitória, liderar a Liga Portugal «será mais um grande desafio» na carreira. «Mas que acredito poder concretizar-se com os mesmos princípios: valores, transparência, capacidade de execução em equipa e imparcialidade», reforça.

Sul Informação

Depois de, nos últimos meses, ter sido «procurado e incentivado» por representantes de várias sociedades desportivas, aos quais se disponibilizou com condições que considera «inegociáveis», como «valores, ética e transparência, e capacidade de compromisso, de construir equipas e de gerar concretização», o empresário diz estar «muito confiante» para o confronto com o ex-secretário de Estado José Gomes Mendes.

Para Reinaldo Teixeira, o futebol profissional vive «um momento absolutamente decisivo», com sociedades desportivas «excessivamente dependentes de receitas extraordinárias, esmagadas pelos custos de contexto, pelos seguros, pela fiscalidade, por uma lei que é contrária à retenção de talento, pela impossibilidade de fazerem negócio nos estádios, pela limitação das infraestruturas competitivas e de acolhimento dos adeptos».

Por isso, o futebol português «precisa urgentemente de concretizar medidas essenciais» em áreas como a centralização dos direitos televisivos, a revisão da fiscalidade, dos impostos e dos seguros, e a valorização e internacionalização do produto.

Além de ter suspendido funções como coordenador do departamento de Delegados na Liga Portugal, Reinaldo Teixeira já deixou de exercer funções na AFA, em que diz ter incutido uma marca de «crescimento, modernização e desenvolvimento», que deixa a instituição «com uma linha de rumo claramente definida, mas com a consciência de que muito há ainda a fazer».

O recorde do número de atletas inscritos, a liderança feminina na direção executiva, a inserção da disciplina de Arbitragem nos cursos técnicos, a implementação de delegados distritais, a criação de uma seleção de futebol de praia, o desenvolvimento da vertente de competição do walking football e o lançamento do futebol virtual são alguns dos exemplos apontados, a maioria de forma pioneira entre as associações distritais.

Além de a AFA estar a preparar a inauguração da sua academia, junto ao Estádio Algarve, Reinaldo Teixeira deixa ainda projetada a criação de um centro de medicina desportiva na sua sede, em Faro.

«Este dinamismo apenas foi possível com uma cultura de ambição e profissionalismo e com sinergias e relações de proximidade fortalecidas ao longo do tempo com os municípios, as juntas de freguesia, os meios escolar e académico e as entidades oficiais da região, entre outros parceiros», assinala.

A assembleia geral ordinária da Liga Portugal, que tem como ponto único a eleição intercalar do presidente para o remanescente do mandato relativo ao quadriénio 2023-2027, decorre esta sexta-feira, 11 de Abril, entre as 10h00 e as 13h00.

Gostou do que leu? Ajude-nos a continuar!
 
O nosso compromisso é levar até si notícias rigorosas, relevantes e próximas da sua comunidade. Para continuarmos a fazer o que fazemos, precisamos do seu apoio. Qualquer donativo, por mais pequeno que seja, faz a diferença e ajuda a garantir a continuidade deste projeto. Juntos, mantemos a informação viva no Algarve e no Alentejo.
Obrigado por fazer parte desta missão!
Contribua aqui!

festival do marisco de olhao

Também poderá gostar

Portimonense

Portimonense alarga vantagem no topo do “Distritalão”

Lusitano de Évora

«Não vamos para a Liga 3 para nos virmos embora», diz presidente do Lusitano de Évora

manuel-cajuda-3-2048x1365

«Olhanense está melhor» e já projeta cidade desportiva «com novo estádio»