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O «Bolo de Tacho» de Monchique já está inscrito no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, de acordo um despacho do presidente do conselho diretivo do Património Cultural – IP, publicado esta sexta-feira em Diário da República.

«Nos termos do n.º 2 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de junho, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 149/2015, de 4 de agosto, faço público que, por meu despacho de 26 de março de 2025, exarado sobre proposta do Departamento de Bens Culturais do Património Cultural, I. P., foi decidido inscrever o «Bolo de Tacho» no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial», refere a nota assinada por João Soalheiro.

A inscrição surge na sequência de uma proposta apresentada pela Junta de Freguesia de Monchique, e apoiada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

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Segundo o despacho publicado esta sexta-feira, a inscrição do «Bolo de Tacho» no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial «reflete os critérios constantes no artigo 10.º do referido diploma».

Destaca-se, nesse âmbito, «a importância da manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade ou grupo», «os processos sociais e culturais nos quais teve origem e se desenvolveu a manifestação do património cultural imaterial até ao presente» e «as dinâmicas de que são objeto a manifestação do património cultural imaterial na contemporaneidade».

«Os modos em que se processa a transmissão da manifestação do património cultural imaterial» e «a articulação com as exigências de desenvolvimento sustentável e de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos, nos territórios onde se pratica» também são dois dos critérios citados.

Nos termos do artigo 14.º do referido diploma, «foram cumpridos os procedimentos de audição dos interessados, de acordo com o disposto no Código do Procedimento Administrativo», assinala ainda o Património Cultural.

«O bolo de tacho é um doce típico da gastronomia de Monchique, concelho de onde a sua receita e confeção, tanto quanto sabemos até ao momento, são originárias. Singulariza-se pelo uso de ingredientes que têm por base vários recursos endógenos e a sua confeção assenta em processos e técnicas ancestrais que têm passado de geração em geração», lê-se na proposta.

Tradicionalmente confecionado em maio para assinalar o feriado nacional e, durante algum tempo, o municipal, no dia 1 desse mês, o bolo de tacho constituía o principal pretexto da população para ir “desmaiar” para os campos, onde a confraternização, a partilha e a troca de impressões sobre o bolo promoviam momentos de grande animação.

«Atualmente, a sua confeção já ocorre ao longo de todo o ano, mas a história e a tradição associada a este dia mantêm-se através de momentos de grande convivência entre as comunidades locais», refere-se.

Na proposta, realçavam-se as ações levadas a cabo pela Freguesia de Monchique ao nível da «identificação, estudo e promoção do bolo de tacho e saber-fazer associado», como é o caso da Festa do M, evento dedicado a Monchique, ao mês de Maio, ao mel, ao medronho e ao «Bolo de Milho (ou de Tacho ou de Maio)».

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