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Terras sem Sombra leva música barroca do ensemble Giardino di Delizie a Ferreira do Alentejo

O Festival Terras sem Sombra ruma a Ferreira do Alentejo nos dias 5 e 6 de Abril, levando consigo o ensemble italo-polaco Giardino di Delizie e música barroca.

Além do concerto da formação convidada, intitulado “O Barroco, essa Casa Comum: Música Europeia dos Séculos XVII e XVIII”, haverá, como sempre, uma Atividade no Património sob o tema “Em Terras da Deusa Fortuna: A Aldeia e a Freguesia de Alfundão” e uma iniciativa de salvaguarda da biodiversidade, que versará sobre “Um Tesouro que Permanece in situ: O Solo e o Resgate de Carbono”

«O mês de Abril empresta aos campos do Alentejo novas e joviais cores. Ali, onde a sede do Estio sucederá mais tarde ao fulgor da Primavera, impera, por agora, o espanto da floração. É neste Alentejo de brisas suaves, céus de azul límpido e planícies tocadas pelo verde que decorre o segundo concerto da presente temporada do Terras sem Sombra», enquadram os organizadores do festival.

vila do bispo

Será este cenário que enquadrará mais um fim de semana de Terras sem Sombra, o segundo da atual temporada, onde estará em destaque o ensemble ítalo-polaco Giardino di Delizie, um agrupamento inteiramente constituído por mulheres e dirigido por Ewa Anna Augustynowicz, «numa justa homenagem ao tema da 21ª edição do TSS, “Autoras, Intérpretes, Musas: O Eterno Feminino e a Condição da Mulher na Música (séculos XIII-XXI)”».

Este espetáculo, marcado para as 21h30 de dia 5, será «um grande momento de música», que terá «um ambiente cénico único»: o Lagar da Herdade do Marmelo, em Figueira de Cavaleiros, do Grupo Nutrifarms e com autoria do arquiteto Ricardo Bak Gordon.

Esta é «uma estrutura ultramoderna, obra de perfil visionário, qual embarcação alva a emergir no olival que lhe dá entorno. O momento é de elevação, num concerto intitulado “O Barroco, essa Casa Comum: Música Europeia dos Séculos XVII e XVIII”. As peças de compositores intemporais, como Georg Philipp Teleman, Giovanni Picchi e Johann Heinrich Schmelzer, ressoam nos instrumentos de cordas do Giardino di Delizie, fundado em 2014».

«Composto por especialistas em instrumentos antigos da Polónia e de Itália, formados por eminentes mestres da música antiga, o ensemble Giardino di Delizie assume a missão de redescobrir compositores esquecidos da música instrumental na Roma do século XVII, bem como aqueles que foram inspirados pela Polónia ou que viveram (e trabalharam) na Polónia», descreve o Terras sem Sombra.

Este agrupamento «já atuou em importantes festivais em Itália e no estrangeiro e gravou sete álbuns para a editora Brilliant Classics e um para Da Vinci Publishing, incluindo primeiras gravações mundiais de obras de Lonati, Colista, Stradella e Mannelli».

Também no dia 5, mas às 15h00, decorrerá a Atividade de Património “Em Terras da Deusa Fortuna: A Aldeia e a Freguesia de Alfundão”.

Com ponto de encontro na igreja paroquial de Nossa Senhora da Conceição, em Alfundão, a visita é guiada por Maria João Pina, coordenadora do Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, acompanhada por José António Falcão, historiador de arte. Aos participantes é deixado um desafio, o de calcorrearem as ruas de uma localidade de profundas raízes alentejanas.

«Pequena em dimensão, mas grande em história, Alfundão foi outrora vila e senhorio medieval e guarda vestígios de um passado que se estende da época romana até aos dias de hoje. O seu nome, mais do que provável herança da família Fundana, atravessou séculos, moldado por romanos, mouros e cristãos. Vozes do passado que ressoam nas inscrições dedicadas à deusa Fortuna, testemunhos da presença romana», descrevem.

«Durante o período visigótico, ergueu-se ali uma igreja, precursora da actual igreja paroquial, interessante edifício do século XVI. A capela de São Sebastião, a ponte romana e o chafariz contam a história de um tempo em que Alfundão se afirmava como importante centro de comércio», acrescentam os organizadores.

A programação em Ferreira do Alentejo encerra com uma ação de Salvaguarda da Biodiversidade, marcada para domingo, 6 de Abril, às 9h30, subordinada ao tema “Um Tesouro que Permanece in situ: O Solo e o Resgate de Carbono”. O ponto de encontro a igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Ferreira do Alentejo.

«Luísa Coelho, engenheira agrónoma e doutora em Ciências Agrárias e Ambientais, investigadora do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, com sede na Universidade de Évora, guiará a atenção dos participantes rumo ao solo, um dos maiores aliados no combate às alterações climáticas».

«O solo atua como um reservatório natural de carbono, absorvendo CO2 da atmosfera através das plantas e raízes. No entanto, para que essa função seja eficaz, é essencial adotar práticas que preservem e fortaleçam a sua saúde. Neste contexto, há que sublinhar a importância da agricultura regenerativa, uma das formas mais promissoras de potencializar o resgate de carbono», enquadram os responsáveis pelo Terras sem Sombra.

Ao longo da atividade, «os participantes são convidados a conhecer técnicas, como a rotação de culturas, como forma de evitar o empobrecimento da terra; o plantio direto, que reduz o revolvimento da terra; e o uso de adubos orgânicos e compostagem, que enriquecem a fertilidade do solo de forma natural. Uma ocasião notável para refletir sobre um problema candente da sociedade atual».

A 21.ª temporada do TSS prossegue a 26 e 27 de Abril em Sousel, uma estreia no Festival. Toda a programação da presente temporada pode ser consultada no site do Festival Terras sem Sombra. As iniciativas são de acesso livre e gratuitas.

Nesta apresentação em Ferreira do Alentejo, o Terras sem Sombra conta com o apoio do município local, da Embaixada da República da Polónia em Lisboa e do Instituto Italiano de Cultura. «De salientar também o regresso à “comunidade” da Direção-Geral das Artes, cujo apoio contemplou o Festival em 2025».

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