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Sul Informação

Grupo de Guitarras da JF de VRSA

Houve históricos da criação daquela que é a primeira área protegida a surgir em Portugal, técnicos da casa e vigilantes de Natureza que sempre deram muito à causa, jovens atores, músicos, escuteiros e escoteiros, membros de associações de defesa do ambiente, agricultores, produtores de sal, investigadores, membros da comissão de cogestão, autarcas de hoje e de ontem, dirigentes da administração do Estado e até a ministra do Ambiente.

O sábado, dia 29 de Março, foi dedicado à comemoração dos 50 anos da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, data que, em bom rigor, até tinha sido assinalada dois dias antes.

A jornada começou pelas 11h00, na sede e centro interpretativo da Reserva Natural, com jogos tradicionais, com o agrupamento 1370 do Corpo Nacional de Escutas e o Grupo 60 da Associação de Escoteiros de Portugal, bem como atividades na natureza, com a associação Vita Nativa.

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À tarde, depois da sessão de boas vindas, com os vice presidentes da Câmara de Castro Marim (Filomena Sintra) e de VRSA (Ricardo Cipriano) e ainda Carlos Ludovico, diretor regional no Algarve do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), seguiu-se um momento musical com a Escola de Violas da Junta de Freguesia de VRSA e a estreia do documentário “Os 50 anos da Reserva”.

O programa continuou com a mesa redonda sobre o “Passado, Presente e Futuro da RNSCMVRSA”, que contou com Fausto Nascimento, que um dia, em 1975, propôs, à tutela a criação desta reserva natural, João Reis Gomes, que foi o seu primeiro (e único) diretor a tempo inteiro, Paulo Monteiro, vigilante de natureza, que fez parte do primeiro curso,em 1988, e ainda hoje se mantém em funções nesta área protegida, Carlos Ludovico, diretor regional do ICNF, Paula Rosa, em representação da Câmara de Castro Marim e membro da estrutura de apoio à Comissão de Cogestão da Reserva Natural, bem como Ricardo Cipriano, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.

Foi tempo de recordar as razões que levaram à criação desta área protegida, em 1975, um tempo em que se estava a industrializar os sapais e as salinas seculares da foz do Guadiana, ou em que a Câmara de VRSA usava os sapais para aí despejar o lixo urbano do concelho. Tudo situações que, a continuar, alterariam para sempre esta importante zona natural.

Mas, criada a Reserva Natural, não se pense que foram só facilidades. Antes pelo contrário: João Reis Gomes e Paulo Monteiro lembraram as guerras que tiveram com os caçadores, que passavam a estar impedidos de caçar no sapal, ou a luta que o diretor da Reserva teve para evitar que esta fosse destruída pelos pilares da então futura Ponte Internacional do Guadiana, que acabou por ser desviada mais para norte.

Falou-se ainda do presente e do futuro desta Reserva Natural, que agora passa pela Comissão de Cogestão, que consegue juntar nove entidades diferentes «a trabalhar pelo futuro desta área protegida», o que é obra, como salientou Paula Rosa, numa opinião corroborada por Ricardo Cipriano.

«Com o exercício da cogestão, já existe obra para mostrar, projetos que nos envolvem a todos e uma reserva natural revitalizada», diria mais tarde, na sessão de encerramento, Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim e da Comissão de Cogestão.

Carlos Ludovico, por seu lado, abordou a necessidade de dar a conhecer mais o trabalho que é feito na Reserva Natural, bem como os seus valores.

Com a chegada da ministra do Ambiente à sede da Reserva, situada no Sapal de Venta Moinhos, teve lugar a inauguração da requalificação dos espaços exteriores da sede-centro interpretativo, bem como o descerramento da placa comemorativa dos 50 anos.

A ministra Maria da Graça Carvalho vinha já da vila de Castro Marim, onde tinha presidido à inauguração de mais um troço da ciclovia deste concelho, entre a vila e a Praia Verde.

No sapal, houve ainda tempo para a estreia da peça de teatro infantil “A Aventura do Júnior na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António”, encenada por Ricardo Jerónimo e com os jovens atores a atuarem, já com o sol a pôr-se e ao ar livre, perante uma plateia cheia.

Faltava apenas a sessão de encerramento desta comemoração dos 50 anos, que contou com Francisco Amaral, na sua função de presidente da autarquia e da Comissão de Cogestão, Nuno Banza, presidente do Conselho Diretivo do ICNF, e a ministra do Ambiente e Energia.

No beberete que fechou a festa, houve bolo do 50º aniversário, os parabéns cantados por todos, e ainda um momento musical de André Ramos.

Como disse o histórico vigilante de natureza Paulo Monteiro, no documentário feito sobre os 50 anos desta Reserva Natural, «olhar para trás ajuda-nos a perceber o caminho feito, mas também a olhar o futuro».

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