O investimento rondará os 100 mil euros anuais e arrancará este ano com 12 novos desfibrilhadores espalhados por vários pontos do concelho, «reforçando a cadeia de sobrevivência para vítimas de paragem cardiorrespiratórias nas áreas públicas de Albufeira».
O programa, já implementado desde 2017, arranca o novo ano com um incremento significativo na sua capacidade de resposta: 12 novos desfibrilhadores instalados em locais como a Praia da Galé, o Parque do Ribeiro, a Branqueira, a Estrada das Fontainhas, a Praia dos Olhos de Água, a Estrada das Açoteias, o Rossio, as Almeijoafras (Paderne), a Estrada de Albufeira, a Estrada de Vilamoura, o Centro Educativo do Cerro do Ouro e o Espaço Multiusos de Albufeira.
O investimento do Município em equipamentos deste tipo faz de Albufeira o concelho com mais DAE (Desfibrilhador Automático Externos) de natureza comunitária, em termos absolutos, a nível nacional.
O DAE é um equipamento que tem como função aplicar uma carga elétrica no tórax em casos de paragem cardiorrespiratória, podendo ser utilizado por não profissionais de saúde.
No início deste ano, já estavam instalados no concelho um total de 62 DAE no Programa PDAE Comunitário: 14 desfibrilhadores por cada 10 mil habitantes, um número significativamente superior à média nacional, de 4 equipamentos pelo mesmo número de pessoas.
«O investimento na saúde é central para o desenvolvimento do concelho e será sempre uma prioridade», refere José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal. Este investimento, que ronda os 100 mil euros anuais, é o maior registado em território nacional.
O autarca acrescenta ainda que, para além da aquisição e instalação dos equipamentos, o Programa tem investido também na «capacitação da população e no socorro comunitário», através de cursos em Suporte de Vida Básico de vida (SBV) que recorram a DAE destinados aos munícipes.
Até ao momento, mais de 1400 pessoas encontram-se integradas neste Programa como socorristas de proximidade, 3% da população residente no concelho.
«Ao longo dos últimos dois anos também têm sido realizados exercícios de simulacro, com o objetivo de testar a funcionalidade do programa, quer em termos de meios humanos e no que respeita à componente tecnológica, assim com na simulação dos tempos de resposta. Estes exercícios têm demonstrando a eficácia do programa e a utilidade dos equipamentos DAE na via pública e nas instalações municipais», destaca o autarca.
O PDAE de Albufeira está conectado diretamente às forças de segurança e de socorro, que recebem informação sobre a ativação dos equipamentos em tempo real. Tanto os Bombeiros de Albufeira, como a GNR e a Polícia Municipal, entidades protocoladas para responder prontamente às ocorrências, dispõem de veículos motorizados equipados com DAE disponíveis em permanência.
Além da população civil, também as associações desportivas, IPSS e motoristas de táxi têm operacionais formados pelo PDAE, e participam numa ampla cobertura de resposta à ativação das cabines em caso de emergência.
Em 2026, o PDAE terá tido um peso “relevante” na escolha de Albufeira como Cidade Europeia do Desporto «devido à rede de equipamentos DAE nos espaços desportivos e parques urbanos, e ao sistema de alerta dos operacionais», revela Cristiano Cabrita, vice-presidente da Câmara Municipal e vereador responsável pelo pelouro do Desporto.
Desde a implementação do programa, já duas pessoas receberam auxílio deste tipo: em 2021, um jovem português de 21 anos foi salvo por um destes equipamentos, num momento de paragem cardiorrespiratória, e, em 2024, um jovem irlandês de 27 anos.