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O Festival Terras Sem Sombra aconteceu, mais uma vez, no concelho de Odemira. Nesta sua 20ª edição, a vertente do património decorreu na vila de Colos, na tarde de sábado, onde se falou de um antigo concelho criado no tempo de D. Manuel, hoje a enfrentar os desafios da interioridade.

A visita a Colos foi guiada pelo historiador António Quaresma e pelo historiador de Arte José António Falcão, tendo ambos falado com a RIO – Rádio Internacional Odemira, como se pode ouvir abaixo.

José António Falcão, o grande responsável pelo Terras Sem Sombra, diz que os grandes atores do festival são o território e as suas comunidades. Salientou que, partindo de uma leitura histórica, houve uma reflexão sobre a realidade de um território do interior que enfrenta problemas que lhe são inerentes, embora comece a atrair novos residentes e a redescobrir o potencial dos valores locais.

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Relativamente ao património, refere a necessidade da sua recuperação, salientando a vontade das autoridades locais em o fazer, por forma a tornar a sua riqueza artística num fator de desenvolvimento.

José António Falcão sublinha ainda a religiosidade muito própria dos alentejanos, feita do cruzamento das várias influências dos povos que ocuparam o território, donde resulta também aquilo que é a cultura alentejana.

Oiça aqui o que disseram António Quaresma e José António Falcão à RIO, depois de ouvir um excerto do concerto da harpista austríaca Elizabeth Plank:

 

 

À noite, na Igreja da Misericórdia em Odemira, teve lugar um recital solo de harpa, pela artista vienense Elizabeth Plank, capaz de criar verdadeiros sons que desceram dos céus:

 

A manhã de domingo foi reservada para a atividade relacionada com a biodiversidade e decorreu na ponta da Carraca, guiada pelo fotógrafo de natureza Dinis Cortes, também arqueólogo por paixão, sobre o tema “Crónicas das aves e dos homens: da migração outonal das aves à cultura mirense dos homens”.

Durante uma animada conversa sobre aves e as suas migrações, foi possível observar algumas aves ainda a caminho da ponta de Sagres.

Dinis Cortes descreveu também o modo de vida das populações do Mesolítico que ocuparam os estuários dos rios portugueses e ocuparam a costa sul de Portugal, deixando vestígios do fabrico dos seus instrumentos e variados concheiros, onde se acumulam conchas de bivalves, que constituíam uma importante componente da sua dieta alimentar.

 

 

Fotos: Terras sem Sombra e RIO – Rádio Internacional Odemira

 

Nota: Artigo publicado no âmbito da parceria entre o Sul Informação e a Rádio Internacional Odemira (RIO).

 

 

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