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O PSD/Algarve acusa o anterior Governo PS de ter arranjado «um grande berbicacho» por ter inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a ponte entre Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana, em Espanha, sem garantir antes o acordo das autoridades espanholas.

A reação dos social-democratas surge na sequência das declarações públicas de José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, que afirmou na cerimónia de comemoração do Dia do Município de Alcoutim, na sexta-feira, que a ponte «é uma obra necessária e que necessariamente se vai fazer», com ou sem o dinheiro do PRR.

As críticas surgiram pela voz de Carlos Ludovico, vereador do PSD na Câmara de Alcoutim e líder desta concelhia social-democrata, que acusou o anterior Governo de ter enganado «uma vez mais os alcoutenejos».

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«Arranjaram um grande berbicacho, o qual resultou de uma forma impreparada de tratar assuntos públicos ao mais alto nível. Neste momento, a obra não passa de um projeto. É estranho até que o Presidente da CCDR, José Apolinário, diga que tem que avançar. Avançar como? Como estará pronta até 2026? Confio que o novo governo obtenha o acordo de Espanha, mas ninguém espere milagres», disse.

José Apolinário, no seu discurso do Dia do Município de Alcoutim, admitiu que a próxima cimeira luso espanhola, prevista para a segunda quinzena de Outubro, será a última oportunidade para obter um acordo que permita que a obra seja concluída a tempo de obter financiamento do PRR – que será a 100%.

Na nota que enviou às redações, o PSD/Algarve admitiu que, quando o Governo decidiu avançar com a construção da ponte, «um anseio antigo» das populações desta zona raiana, «concordou e saudou a iniciativa».

«Para esse efeito, o Governo anterior decidiu inscrever a obra no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), integralmente financiado por dinheiros europeus. Desse modo, a obra teria que estar concluída até 2026, sob pena do financiamento ser perdido definitivamente. Sucede que, soube-se nos últimos meses, a obra não tem o acordo de Espanha, a qual tem, obviamente, que assumir os encargos referentes às ligações rodoviárias em território espanhol. Sem ligações seria apenas uma ponte que não conduz a lado nenhum. Desse modo, a obra está em risco, não passando atualmente de uma boa intenção, sem qualquer garantia», acusam.

 

 



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