O atleta algarvio Isaac Nader vai fazer esta sexta-feira a sua estreia em Jogos Olímpicos, correndo nas eliminatórias dos 1.500 metros masculinos de Paris’2024 com a meta de chegar à final.
«É a maior competição desportiva do mundo, onde todos queremos estar. A minha expetativa é fazer melhor do que fiz no Mundial de 2023, ou seja, estar na final. Em Budapeste fui 12º e este ano espero estar na final e melhorar esse lugar», revela o corredor de Faro ao Sul Informação.
As eliminatórias dos 1.500 metros disputam-se na manhã desta sexta-feira, na pista do Stade de France. O atleta português, de 24 anos, que regista o oitavo melhor tempo do ano entre os inscritos, compete na segunda de três séries, às 10h21. Avançam para as meias-finais os seis primeiros de cada série e os restantes seguem para a repescagem.
O meio-fundista, que representa o Benfica, obteve na etapa polaca da Diamond League, em Julho de 2023, a marca de qualificação (3m31,49s) para os seus primeiros Jogos Olímpicos.
Isaac Nader diz não ter dúvidas de que chega a Paris «na melhor forma» da sua época desportiva e que tem trabalhado para bater o seu recorde pessoal, baixando a barreira dos 3m30s.
«É aquilo que tenho nas pernas e o que temos trabalhado. Quando tiver de sair, sai. E se for nos Jogos Olímpicos e na final olímpica, porque não?», questiona.
O atleta farense já queria ter estado em Tóquio’2020, nos jogos disputados em 2021 devido à Covid-19, mas não conseguiu e, em 2022, aconteceu o que define ter sido «a grande mudança deste ciclo olímpico», a mudança de treinador – passou a ser orientado por Enrique Pascoal – e a ida para Espanha.
«Isso espoletou uma mentalidade diferente e, em termos de qualidade de treino e performance desportiva, passei a ser um atleta de nível mundial. Era esse um objetivo de carreira, estar entre os melhores e estar sempre a lutar contra eles», sublinha.
A ligação de Isaac Nader ao atletismo começou no desporto escolar, em Faro, e houve um momento em que teve de prescindir da outra modalidade que praticava.
«Houve um momento em que também praticava futebol, mas quando cheguei a júnior de primeiro ano optei só pelo atletismo. Era aquilo que mais me satisfazia e em que tinha mais qualidade», lembra.
Na altura, os títulos nacionais de juvenis e a presença no Europeu da categoria «despertaram o bichinho» da modalidade para o atleta algarvio, que na sua formação representou o CD Faro XXI e o Areias de São João, antes de se mudar para o Benfica.
