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Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, criticou esta terça-feira, 6 de Agosto, o anterior Governo por não ter acautelado todo o financiamento necessário para a construção da dessalinizadora do Algarve, havendo cerca de 50 milhões de euros em falta. 

«Surgiu agora a informação de que afinal é preciso mais financiamento. Isto é uma saga muito portuguesa, mas de que eu não gosto, e lamento muito que, quem autorizou que a dessalinizadora tivesse sido com maior capacidade, não tenha acautelado, no PRR ,o financiamento necessário para que se cobrisse toda essa capacidade», disse aos jornalistas, à margem da visita à Praia do Garrão, em Loulé, onde foram hoje anunciados os novos investimentos para a proteção do Litoral.

Em causa estão mais de 50 milhões que faltam (e não estavam previstos) para financiar a 100% este investimento que pretende aumentar resiliência do abastecimento público de água no Algarve.

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«Nós temos cerca de 56 milhões no PRR, autorizaram [o anterior Governo] uma capacidade maior, que vai exigir cerca de 100 milhões de investimento, agora aqui estamos nós para resolver o problema. Vamos resolver, vamos ver», acrescentou a ministra, relembrando que o concurso está aberto e que há, neste momento, dois concorrentes.

Maria da Graça Carvalho afirma, contudo, que o financiamento irá depender da velocidade a que obra andar.

«Se conseguirmos andar depressa com a dessalinizadora, estou convencida de que não vai faltar financiamento. É mais complicado se atrasar, porque estamos num momento em que há financiamento e há muitos projetos. Infelizmente, há alguns projetos que não têm a maturidade necessária, portanto aqueles que têm vão conseguir ter financiamento», justificou.

Maria da Graça Carvalho referia-se às declarações do seu colega de Governo, o ministro da Coesão, que já disse, recordou, que «alguns projetos mais atrasados vão sair, vão para o Orçamento de Estado, e os que andarem melhor terão mais financiamento». «Com o senhor ministro da Coesão, iremos analisar a situação», garantiu.

As declarações da ministra surgem no dia em que a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) pediu soluções ao Governo para que não tenham de ser os algarvios a pagar a verba em falta para a construção da dessalinizadora, em faturas da água futuras.

António Pina, presidente da AMAL, confessou esta terça-feira, em Faro, que a preocupação das 16 Câmaras Municipais do Algarve é que acabem por ser os algarvios a pagar a diferença entre o dinheiro do PRR e o custo real da obra, «como já aconteceu com a barragem de Odelouca», a única barragem que foi paga na base de um sistema «em que cada um de nós, que vive cá [no Algarve], ficou a pagar água mais cara, porque teve de custear essa obra».

«E porque é que o Governo tem que repensar isto? Porque é justo para com os algarvios, nós não podemos ser sempre aqueles que contribuem de forma positiva para o Orçamento de Estado, mas depois os investimentos do Estado, no Algarve, são muito abaixo daquilo que é o nosso contributo para o PIB», defendeu ainda o autarca socialista António Pina.

 

 

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