Os autores da petição “Novo Hospital Central do Algarve já!” vão ser ouvidos hoje, 3 de Junho, às 17h00, na Assembleia da República, na Comissão de Saúde.
A petição, que reúne 9651 assinaturas, tem como primeiro subscritor o deputado do PSD Cristóvão Norte, que liderou o processo de recolha das assinaturas durante o ano de 2023, tendo como relator designado pela Comissão de Saúde o deputado Jorge Botelho.
A petição será depois objeto de discussão em reunião plenária.
Segundo a petição, «a concretização de um novo Hospital Central do Algarve constitui uma incontroversa necessidade para a região».
«Incontroversa porque, desde 2003, todos os governos, sem exceção, partidos, deputados, autarcas, ordens, sindicatos, entre outros, sublinharam que se trata de uma infraestrutura fundamental. Necessidade, porque o Algarve carece de uma infraestrutura hospitalar moderna que providencie maior diferenciação dos cuidados médicos e que promova a fixação de recursos humanos na região. Trata-se não apenas de um imperativo social, como também económico, o qual se enquadra em qualquer pensamento fundamentado sobre o futuro da região(…)».
De acordo com o PSD, este adiamento é «altamente lesivo dos interesses da região e dos algarvios, mas também do país, porque «desconsidera a importância de um novo hospital para atrair e fixar recursos humanos, em particular médicos de especialidades de que a região padece de modo crónico» e «ignora a importância de responder a um acelerado crescimento demográfico e a uma notória evolução turística, a qual pondera cada vez mais fatores como a segurança e os cuidados de saúde disponíveis».
Além disso, «desvaloriza a obrigação de oferecer uma maior diferenciação dos serviços clínicos prestados e, por isso, coloca a região perante uma maior dependência de outros hospitais, designadamente situados em Lisboa. Os doentes devem poder ser tratados na região» e «contraria a aposta do ensino de medicina na Universidade do Algarve, o qual carece de um centro académico de excelência que fortaleça as condições do ensino e desenvolvimento da investigação. Não deixa, por isso, de ser paradoxal postular a ideias de centros de investigação e não se apostar nas infraestruturas capazes de o realizar».