Ópera “Movimento Nada” inspirada no movimento dadaísta visita Odemira

Espetáculo vai subir ao palco do Cineteatro Camacho Costa, às 21h30 de sábado, 18 de Novembro

A ópera “Manifesto Nada”, baseada no movimento Dada, vai ser apresentado em Odemira, este sábado, com libreto e encenação de Alexandre Lyra Leite e música de António de Sousa Dias.

A Câmara de Odemira indicou que o espetáculo vai subir ao palco do Cineteatro Camacho Costa, às 21h30 de sábado, 18 de Novembro.

A ópera, que visita este concelho alentejano no âmbito da programação promovida em Odemira pela associação Miso Music Portugal, em parceria com o município, é produzida pela Inestética – Associação Cultural de Novas Ideias, de Vila Franca de Xira (Lisboa), onde “Manifesto Nada” se estreou em 2022.

A criação é inspirada “no irreverente movimento ‘DADA’, que provocou ruturas na perceção da arte no início do século XX e inspirou inúmeros artistas e coletivos de vanguarda”, realçou a autarquia.

Tristan Tzara (1896-1963), que é “considerado o precursor do movimento Dadaísta, assume a rutura entre poesia tradicional e poesia dadaísta com a publicação do livro ‘Sete Manifestos Dada’, em 1924”, lembrou a autarquia, ecoando a sinopse do espetáculo.

Esta foi considerada uma “atitude provocatória de desconstrução e negação de todas as convenções culturais, sociais, morais, estéticas e linguísticas”, acrescentou o município.

E é a partir dessa obra que o músico António de Sousa Dias “propõe uma viagem possível neste universo”, indicou.

A sua música vai “cortejando a desconstrução, ‘flirtando’ com a colagem, namoriscando a irreverência, num piscar de olhos a diferentes expressões musicais contemporâneas ou próximas do movimento ‘DADA’ e onde a lógica não é a regra”, explicou também a Inestética.

Trata-se, segundo a companhia, de uma “ópera-manifesto contra e a favor de tudo e decididamente sobre nada”.

Com libreto e encenação de Alexandre Lyra Leite, o espetáculo conta com a interpretação do barítono Rui Baeta e das sopranos Joana Manuel e Célia Teixeira, acompanhadas pelo ensemble composto por Fábio Oliveira (trompete), Philippe Trovão (saxofone tenor) e Guilherme Reis (contrabaixo).

Com 50 minutos de duração, o espetáculo vai ter entradas gratuitas.

A Inestética – Associação Cultural de Novas Ideias, fundada em 1991, tem vindo a criar e a “produzir objetos artísticos que privilegiam uma abordagem contemporânea e experimental, com uma forte componente autoral, com especial incidência nas áreas da ópera, teatro e performance”, pode ler-se na página de Internet da companhia.

O Cineteatro Camacho Costa vai também acolher, no dia 25, às 21h30, a apresentação da peça de ação poética e teatro eletroacústico “A Vida é Sempre Preferível ou o Monólogo do Sal para lhe Completar a Medida”, de Miguel Azguime e do Miso Ensemble, igualmente no âmbito da programação da Miso Music Portugal no concelho de Odemira, disse à Lusa fonte desta associação.

 

 

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