“Aljustrel – 100 anos, do fundo à superfície” reunidos em livro

A próxima apresentação está prevista para o dia 18 de Novembro, às 16h00, na Casa do Alentejo, em Lisboa

O livro “Aljustrel – 100 anos, do fundo à superfície” foi apresentado esta quarta-feira, 1 de Novembro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, em Aljustrel. 

O público (cerca de 200 pessoas) compareceu em força ao lançamento deste livro, que assinalou um ano sobre a inauguração da exposição, com o mesmo nome, patente até 4 de Dezembro.

A publicação deste livro responde ao anseio das cerca de 3 mil pessoas que visitaram a exposição e que manifestaram o desejo de perpetuar na memória esta iniciativa, mas principalmente a vida desta comunidade lutadora e sofredora.

A Comissão Informal de Aljustrelenses, responsável pela exposição e pelo livro, respondeu com esta edição, que reproduz a totalidade dos cerca de 90 painéis expostos e todo o caminho para lá chegar.

A sessão iniciou-se com a exibição de um vídeo que retratou todo o processo desde a ideia até à concretização não só da exposição, como das iniciativas paralelas, nomeadamente os debates temáticos, o documentário sobre a comunidade mineira de Aljustrel, a estreia da peça de teatro “A Mina”, da dramaturga mexicana, Amaranta Osório, e o grande espectáculo de encerramento.

Seguiram-se as intervenções de um dirigente do Sindicato Mineiro e de um elemento da Comissão de Aljustrelenses.

No final desta sessão, a Comissão aproveitou para anunciar ao público a criação da Associação de Defesa do Património Mineiro, Cultural e Ambiental do Concelho de Aljustrel, que está em fase de legalização.

A tarde foi ainda preenchida com as vozes do Grupo Coral do Sindicato Mineiro e do grupo de música alentejana, A Monte.

Além do público numeroso e dos muitos voluntários que ajudaram na realização da exposição, estiveram também presentes representantes das entidades patrocinadoras, nomeadamente do Sindicato Mineiro (anfitrião), da Direção Regional de Cultura do Alentejo, da Câmara Municipal de Aljustrel, entre outros, sem os quais esta exposição e a edição do livro não teriam sido possíveis.

A exposição foi realizada por uma Comissão informal de Aljustrelenses, amantes da sua história, para assinalar os 100 anos sobre uma das mais importantes e longas greves que os mineiros das minas de Aljustrel encetaram e que teve grande repercussão no país e no estrangeiro.

Esta greve de quatro meses no inverno de 1922/23 obrigou os mineiros de Aljustrel a entregar à solidariedade do operariado do sul do país, mais de duas centenas das suas crianças para que elas tivessem o que comer.

A próxima apresentação está prevista para o dia 18 de Novembro, às 16h00, na Casa do Alentejo, em Lisboa.

 

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