O número de frentes do incêndio de Odemira aumentou de duas para três, ao longo desta manhã, que foi marcada por vários reacendimentos violentos, anunciaram as autoridades de proteção civil numa conferência de imprensa que decorreu cerca 12h00, no posto de comando que está instalado em S. Teotónio.
A dificultar o trabalho dos operacionais no terreno está «o vento muito forte» que se faz sentir.
«É provável que, com estas frentes, esta extensão, esta violência, haja habitações que possam estar em risco», admitiu José Ribeiro, comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, sublinhando que a Proteção Civil está a avaliar com a GNR a necessidade de mais evacuações
Hélder Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira, revelou, no mesmo briefing, que a GNR já contactou com a população de Vale Juncal, Delfeira e Zambujeira de Baixo para estar preparada, «se for necessário fazer uma retirada rápida das pessoas».
Estas três localidades situam-se perto da EN120, que está neste momento com constrangimentos entre São Miguel e São Teotónio.
Na sequência deste incêndio que lavra em São Teotónio desde a tarde de sábado, cerca de uma centena de pessoas continua fora das suas casas, das quais uma boa parte são «de um turismo rural que foi necessário evacuar durante a noite, já na zona próxima do Algarve», acrescentou o autarca de Odemira.
Hélder Guerreiro disse ainda que já estão a ser preparados mais espaços para acolher pessoas, incluindo na Zambujeira do Mar.
No combate ao incêndio, três operacionais sofreram ferimentos ligeiros e outros seis foram assistidos no local, mas, disse o comandante José Ribeiro, «não inspiram cuidados».
Ontem e hoje, durante a noite, foram evacuadas quatro localidades no concelho de Odemira (Vale dos Alhos, Vale de Água, Choça dos Vales e Relva Grande) e uma unidade de Turismo Rural, num total de mais de 100 pessoas retiradas.
Às 12h45 desta segunda-feira as chamas estavam a ser combatidas por 633 operacionais, apoiados por 206 veículos e 10 meios aéreos.
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