“Grande satisfação” por Basílica de Castro Verde ser monumento nacional

Novo estatuto do monumento “faz justiça ao valor patrimonial” do templo

A reclassificação da Basílica Real de Castro Verde (Beja) como monumento de interesse nacional é motivo de “grande satisfação” e um ato de justiça “cultural e patrimonial”, considerou a diretora regional de Cultura do Alentejo.

“É uma grande satisfação e uma grande vitória, que faz justiça ao valor patrimonial da Basílica Real de Castro Verde, que estava subclassificada e subavaliada no seu valor patrimonial e cultural”, disse Ana Paula Amendoeira.

A proposta de reclassificação da Basílica Real de Castro Verde como monumento de interesse nacional foi apresentada, em 2021, pela Direção Regional de Cultura do Alentejo à Direção-Geral do Património Cultural.

A proposta foi depois aprovada, “por unanimidade”, pelo Conselho Nacional de Cultura, e, na quinta-feira, em reunião do Conselho de Ministros, que decorreu na cidade alentejana de Évora, no âmbito da iniciativa Governo Mais Próximo.

Segundo a diretora regional de Cultura do Alentejo, a Basílica Real de Castro Verde “é um monumento nacional especialíssimo, grandioso, imponente e importantíssimo na história de Castro Verde, na história da região e na história nacional”.

Por isso, acrescentou Ana Paula Amendoeira, “há muito que este monumento merecia ter o valor de monumento nacional, que lhe cabe inteiramente, depois de muitos anos classificado como imóvel de interesse público”.

Para o presidente da Câmara de Castro Verde, a reclassificação da Basílica Real como monumento nacional “é um momento muito especial e gratificante” para o município alentejano.

“[Esta reclassificação] coroa o importante trabalho de requalificação global da Basílica Real, o principal monumento do concelho e um dos templos católicos mais importantes do Sul do país”, frisou António José Brito.

O presidente da autarquia afirmou ainda que “ter um monumento nacional é uma importante mais-valia para Castro Verde, que, naturalmente, terá de ser conjugada com outras valências”, como a Reserva da Biosfera da UNESCO ou a Feira de Castro.

Já o padre Luís Fernandes, responsável pela Paróquia de Castro Verde, proprietária da Basílica Real, disse que a população “pode ficar satisfeita com esta reclassificação”.

“É a valorização do monumento mais importante que existe no seu concelho e na vila”, notou o pároco.

O responsável pela paróquia assumiu também esperar que, a partir de agora, possa ser “mais fácil” o acesso a apoios nacionais e comunitários “que ajudem no patrocínio do que é preciso fazer para a salvaguarda” do monumento.

A Basílica Real de Castro Verde foi construída durante o reinado de D. Sebastião, em 1573, para relembrar “dignamente a ‘memorável vitória’ de D. Afonso Henriques na batalha de Ourique”.

O templo religioso, que acabou por ser reconstruído no século XVIII, por ordem de D. João V, estava classificado, desde 1993, como Imóvel de Interesse Público.

A igreja reabriu ao público e ao culto religioso no passado mês de março, depois de vários meses fechada para obras de restauro e requalificação, num investimento superior a 500 mil euros.

 

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