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Um gravador áudio mono cassete Philips, fotografias de Angola e outros objetos pessoais. Parte do valioso espólio do algarvio Manuel Viegas Guerreiro, etnólogo, antropólogo e pedagogo, está em exposição até 9 de Junho, no átrio principal da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).

Uma dessas peças é um gravador áudio mono cassete Philips. O modelo produzido entre 1969 e 1973 ainda pode ser encontrado no eBay. Um gravador igual a este aparece no filme “Diamonds Are Forever” (1971), da saga 007, sobre a mesa de escritório da plataforma de petróleo. Ernst Stavro Blofeld (Charles Gray) e James Bond (Sean Connery) ouvem as maiores marchas do mundo.

Manuel Viegas Guerreiro (1912-1997) foi professor liceal ao longo do seu percurso docente e, no final da década de 60 do século XX, professor universitário na FLUL.

festival do marisco de olhao

Entre outros projetos, fundou o Instituto de Estudos Africanos e o Centro de Estudos Africanos, ambos da FLUL, ao lado da historiadora professora Isabel Castro Henriques, que esteve presente na sessão de inauguração desta exposição na passada quinta-feira, dia 18.

Foi também mentor e fundador do Centro de Tradições Populares Portuguesas que recebeu o seu nome após o seu falecimento em 1997. Atualmente, este encontra-se integrado no Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL), da Faculdade de Letras.

De forma simbólica, o pensamento de Viegas Guerreiro e as suas linhas de investigação regressam aos corredores da Faculdade de Letras, que não deixou de percorrer mesmo após a sua reforma.

Foi nessa altura que fundou, com Agostinho da Silva e Alexandre Lafayette, os Estudos Gerais Livres, um ensino não formal, gratuito, constituído por cursos e conferências itinerantes sobre os mais variados temas, dirigidos a qualquer pessoa, independentemente das habilitações literárias, faixa etária ou classe social.

A exposição decorre de uma colaboração entre a Fundação Manuel Viegas Guerreiro (FMVG) e o Centro de História da Universidade de Lisboa, que acolhe a mostra, reconhecendo o legado do professor Manuel Viegas Guerreiro nos Estudos Africanos da FLUL.

A mostra itinerante “Boers de Angola, 1957” foi concebida a propósito do seminário “Manuel Viegas Guerreiro: o percurso e a filosofia de um humanista e antropólogo”, organizado pela Fundação em Setembro de 2021, em Querença, aldeia algarvia onde Viegas Guerreiro nasceu e onde a Fundação está sedeada.

No retiro científico participaram investigadores do CIDEHUS, do CLEPUL, do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, da Université Sorbonne Nouvelle e do Instituto Frobenius, Universidade de Frankfurt.

A exposição na FLUL tem acesso livre.

 

 

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