O Grupo HPA fez esta terça-feira, 11 de Abril, a primeira cirurgia robotizada de prótese do joelho no Hospital de Gambelas, em Faro.
Em nota de imprensa, o Grupo HPA Saúde diz que «tem um novo robot para cirurgia nas artroplastias do membro inferior, que permite o aperfeiçoamento da técnica operatória na prótese do joelho e, futuramente, na prótese da anca».
«O robot utilizado conduz uma fresa inteligente com precisão infra milimétrica. Controlado pelo cirurgião, reduz a possibilidade de erro e ajuda na colocação do implante, reproduzindo quase na totalidade o joelho original do doente», acrescenta.
As artroplastias do joelho e da anca são «dos procedimentos mais gratificantes para o doente e para o cirurgião ortopedista. Perfazem cerca de 10% das 2000 intervenções anuais realizadas pelo Grupo de Ortopedia (GO) do HPA e são há 12 anos uma das áreas onde o GO mais tem investido em termos técnicos e científicos».
De acordo com o João Paulo Sousa, coordenador do GO HPA, «acreditamos que com esta opção tecnológica, precisa e segura, vamos conseguir melhorar os nossos resultados clínicos e funcionais: reduzir o número de doentes insatisfeitos e, provavelmente, encurtar o tempo de internamento e de recuperação, permitindo um regresso mais seguro às atividades de vida diária, bem como aumentar a longevidade da prótese».
Todo este esforço tem como objetivo final a melhoria dos resultados oferecidos aos doentes. Numa análise recente acerca da satisfação em que foram avaliados 711 doentes submetidos a artroplastia do joelho, pedindo-lhes que classificassem o nível de satisfação de um a dez, 48% classificaram-na com dez e 90% classificaram-na com sete ou superior a sete.
Perante estes resultados, João Paulo Sousa afirma que «a melhoria contínua faz parte da nossa missão, por isso estabelecemos uma nova meta: reduzir os 7% que classificaram a sua satisfação em níveis inferiores a seis. As determinantes da obtenção de um ótimo resultado, um bom resultado ou um mau resultado são multifatoriais e não as conhecemos ou dominamos na plenitude».
Na ortopedia, «como em múltiplas áreas da medicina, o contributo das novas tecnologias tem sido precioso e crescente. Exemplo disto é o sistema PSI (Patient Specific Instrumentation), em que são executados blocos de corte específicos e personalizados para cada doente, sistema a que o GO HPA já recorre há mais de 10 anos, tendo-se tornado num centro de referência», diz o HPA.