A ideia não é nova, mas Carlos Azedo quis replicá-la. Este professor, de 62 anos, vai partir de Serpa de bicicleta, às 6h00 deste sábado, 11 de Fevereiro, rumo a Lisboa, onde participará numa manifestação nacional, tal como fez em 2008.
Ao longo do percurso, Carlos Azedo passará por Beja (7h00), Canal Caveira, com paragem para o pequeno almoço, às 9h30, Grândola (11h00), Troia (12h00), Setúbal (13h30) e Cacilhas (14h30).
Esta viagem tem como missão conquistar a simpatia da opinião pública para a causa dos professores.
«Acho que sou a pessoa ideal para tal missão: trabalhador, desportista, e outras coisas…. No entanto, não é a simpatia que nos paga as contas», diz o docente.
Um dos aspetos que Carlos Azedo quer denunciar é o facto de a escola se ter tornado numa «pedagogia burocrática, onde reina a inconsequência dos atos».
«É impensável qualquer docente acompanhar a avalanche de papéis que chegam à escola, e-mails a toda a hora e projetos e mais projetos incongruentes», diz.
«A degradação das condições de trabalho dos professores verifica-se, entre outros aspetos, na estagnação dos seus salários desde 2009 e na perda de poder de compra que já atinge os 25%. Nesse ano, um professor em início de carreira ganhava dois salários mínimos, hoje ganha 1,5. Outro problema é a precariedade e a instabilidade laboral», acrescenta.
Com esta viagem, Carlos Azedo também quer alertar para o facto de a «Escola Secundária de Serpa estar muito degradada, aguardando obras há dezenas de anos».
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