Assembleia da República recomenda aproveitamento do Aeroporto de Beja

Resolução mereceu os votos favoráveis das bancadas do PS, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e Bloco de Esquerda e dos deputados únicos de PAN e Livre, tendo o PSD optado pela abstenção

A Assembleia da República (AR) recomendou ao Governo o aproveitamento do Aeroporto de Beja “nas suas diversas dimensões e potencialidades”, para promover a “fixação” de população e de indústria neste distrito alentejano.

A recomendação foi publicada hoje em Diário da República, depois do texto final do projeto de resolução, apresentado pela Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, a partir de um projeto do PCP, ter sido aprovado a 26 de janeiro.

Na ocasião, o documento mereceu os votos favoráveis das bancadas do PS, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e Bloco de Esquerda e dos deputados únicos de PAN e Livre, tendo o PSD optado pela abstenção.

No projeto de resolução, consultado pela agência Lusa, é recomendado que o Governo “valorize o Aeroporto de Beja no âmbito do sistema aeroportuário nacional, aproveitando todos os seus recursos e potencialidades”, para que este seja “promotor da fixação de população e da indústria na região”.

Entre as recomendações da AR surge também a criação de uma “intermodalidade de serviços e transportes, conjugando as valências rodoviária, ferroviária e aérea”.

Para tal, o projeto de resolução propõe, no caso da ferrovia, a modernização e eletrificação de toda a Linha do Alentejo, “na ligação entre Casa Branca-Ourique/Funcheira, incluindo o estudo da ligação ao Aeroporto de Beja”.

A par disso, o parlamento defendeu que se assegure a construção do Itinerário Principal 8 (IP8), “com duas vias e sem portagens entre Sines e a A2 [Autoestrada do Sul]”.

Ainda no IP8, é recomendada a requalificação desta via, “numa primeira fase entre Santa Margarida do Sado e Beja e numa segunda fase entre Beja e [Vila Verde de] Ficalho”, pode ler-se.

É preciso que o Governo “potencie a estratégia integrada da aeronáutica, carga, parqueamento, manutenção e passageiros, como forma de promoção do desenvolvimento endógeno do turismo, indústria e manutenção aeronáutica e carga/logística”, consta da recomendação.

A articulação “entre os diferentes níveis de planeamento local, regional e nacional as utilizações a dar ao Aeroporto [de Beja], aproveitando todas as suas potencialidades e dimensões”, é igualmente recomendado.

Em 28 de janeiro, foi anunciado que Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa, depois de propostas recebidas pela Comissão Técnica Independente (CTI), que as vai analisar.

No final de janeiro foi apresentada, em Lisboa, a plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja, que defende a infraestrutura alentejana como “solução sustentável” para o país e como “complemento do Aeroporto de Lisboa”.

 



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