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Colocar as entidades públicas e privadas do Algarve a remar «no mesmo sentido» para reduzir o risco de catástrofes e mitigar as suas consequências é o objetivo da Plataforma Regional para a Redução do Risco de Catástrofes do Algarve (PRRRC do Algarve), a primeira do género em Portugal, que foi oficialmente criada no passado dia 19 de Janeiro, em Faro.

Esta plataforma, cujos dinamizadores iniciais foram a AMAL-Comunidade Intermunicipal do Algarve e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com o apoio do Agência para a Modernização Administrativa, junta 26 entidades e visa «ser um fórum de conversação, de discussão e de construção de soluções inovadoras de governança», revelou aos jornalistas Pedro Chaves, técnico florestal da AMAL, à margem da assinatura do memorando de constituição da plataforma.

Foi este quadro da Comunidade Intermunicipal que ficou com a incumbência de dinamizar o projeto Região Resilientes, que vai acabar no final do mês, com o arranque desta plataforma. Como ilustrou António Pina, presidente da AMAL, Pedro Chaves foi «o cimento que une todos os tijolos que compõem esta plataforma».

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Esta nova estrutura será responsável por criar modelos de governança e soluções para problemas comuns e de âmbito regional, na área da Proteção Civil e redução de riscos.

«O objetivo da plataforma é criar grupos de trabalho para problemas que cada um identifique, tentando não abordar temas muitos específicos. Vamos tentar criar produtos de trabalho “entregáveis”, para os apresentar à Proteção Civil, ao Conselho Intermunicipal, à Assembleia Intermunicipal e à sociedade civil», enquadrou Pedro Chaves.

«É por isso é que envolvemos uma diversidade tão grande de parceiros. Também temos aqui representantes do tecido empresarial e da academia, através da Universidade do Algarve, que é um parceiro muito importante. Temos de envolver essas entidades, para saber quais são os problemas que enfrentam», acrescentou.

 

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No fundo, trata-se de garantir que «haja uma convergência de soluções» para o mesmo problema e que a prevenção ou reação a determinada catástrofe seja uniforme, a nível regional.

«No caso concreto dos sismos e tsunamis, que é um tema que preocupa os autarcas do Algarve, cada entidade tem (ou deveria ter) a sua maneira de reagir. E o que interessa aqui é tentar, de alguma forma, criar uma operabilidade intermunicipal entre essas entidades e garantir que todas respondem no mesmo sentido», exemplifica o técnico da AMAL.

A partir daqui, podem surgir soluções baseadas na tecnologia, «mas sempre como resposta a problemas concretos», mas também respostas de outra natureza.

Perante determinada situação, os membros da plataforma podem chegar à conclusão, por exemplo, que «a melhor forma de sensibilização da população é disponibilizar uma aplicação ou criar uma plataforma, para que recebam sempre notificações no telemóvel. Mas também podemos chegar à conclusão que a forma mais eficaz de comunicar é afixando cartazes na rua».

 

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Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

Além da AMAL e da ANEPC, assinaram o memorando de constituição da plataforma representantes dos 16 municípios do Algarve, Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Águas do Algarve (AdA), Associação de Turismo do Algarve (ATA), Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), Guarda Nacional Republicana (GNR), Safe Communities Portugal (SCP) e a  Universidade do Algarve (UAlg).

«Este é realmente um marco importante para a região. A imagem do Algarve sai, uma vez mais, reforçada, porque continuamos a trabalhar para torná-la cada vez mais segura para os nossos residentes e visitantes», considerou António Pina.

«É indiscutível a importância do trabalho a desenvolver na redução do risco de catástrofes do Algarve (neste caso concreto incêndios, sismos e tsunamis) e nós, os 16 autarcas e todas estas entidades, estamos a trabalhar no mesmo sentido, o de tornar o Algarve numa Região Resiliente», conclui o presidente da AMAL.

A Plataforma Regional para a Redução do Risco de Catástrofes do Algarve (PRRRC do Algarve) surge no âmbito do projeto Região Resiliente 2.0 (RR2.0). Um projeto que resulta de uma parceria entre a AMAL, a ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil) e o LabX – Centro para a Inovação no Setor Público da AMA (Agência para a Modernização Administrativa), cujo protocolo foi assinado em 2021.

 

 

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