Depois de dois concursos que ficaram desertos, foi lançado esta semana o terceiro concurso para a construção do Centro de Saúde de Ourique, «com um reforço significativo de verba», anunciou Marcelo Guerreiro, presidente da Câmara desta vila alentejana.
O concurso, lançado pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), tem um valor base de 2,26 milhões de euros, contando, segundo o autarca, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em Março de 2020, foi publicado, em Diário da República, um primeiro concurso no valor de cerca de 1.178.000 euros, tendo em vista a construção desta unidade de saúde, mas não apareceu nenhum concorrente e o procedimento acabou por ficar deserto.
Passados seis meses, em Setembro de 2021, o cenário voltou a repetir-se, depois de ter sido lançado um novo concurso, no valor de 1.531.000 euros. Esta é terceira tentativa de encontrar uma empresa interessada em construir o novo edifício.
Trata-se de uma obra da responsabilidade da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que irá nascer num terreno disponibilizado pela Câmara Municipal de Ourique, junto aos Bombeiros Voluntários daquele concelho.
Marcelo Guerreiro comentou o lançamento deste terceiro concurso, dizendo que «Tem sido necessária muita persistência para levar em frente este projeto! No entanto, a nossa determinação e empenho em servir Ourique e os ouriquenses é muito maior do que qualquer resistência burocrática do Estado central».
«O país tem estado confrontado desde o início da pandemia com um conjunto de aumento de preços das matérias-primas, primeiro, por via da afetação das cadeias de produção e distribuição globais, depois, pelo impacto da guerra na Ucrânia e da inflação. Este contexto tem levado a que muitos concursos públicos e empreitadas, em todo o país, tenham ficado desertas, sem apresentação de propostas candidatas», explica a Câmara de Ourique.
Em todo o processo, o Município de Ourique «tem-se colocado do lado da construção de soluções para que a obra seja uma realidade, colocada ao dispor dos profissionais de saúde e da população».
«Foi assim no passado, na disponibilização do terreno e no diálogo com o governo e as estruturas regionais para a mobilização de recursos financeiros que possam gerar maior interesse ao mercado e às empresas de construção», conclui.
Clique aqui para conhecer a publicação do concurso em Diário da República.
