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Entidades nacionais, regionais e locais foram desafiadas pela Câmara de Loulé a integrar um grupo de trabalho, no âmbito do projeto transfronteiriço REMAS, de gestão do risco de emissões de gases de efeito de estufa em incêndios florestais, do qual o município algarvio é um dos parceiros.

A autarquia louletana promoveu recentemente uma reunião online com «autarquias, associações de produtores florestais, universidades, associações de carácter ambiental, empresários ligados ao mundo rural, entidades desconcertadas da administração central», com o objetivo de dar a conhecer o projeto

Ao mesmo tempo, a sessão serviu para desafiar os convidados para a «criação de um grupo de trabalho que se proponha a levar por diante os objetivos de prevenção e gestão de risco de emissões de gases de efeito de estufa em incêndios florestais, enquadrando-os nos instrumentos de planeamento e na legislação».

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«Cofinanciado pelo FEDER, o projeto REMAS tem como objetivo quantificar o carbono contido nos ecossistemas florestais, tanto na vegetação como no solo, determinar e mapear o risco de libertação de CO2 e outros gases de efeito de estufa para a atmosfera quando ocorre um incêndio rural», segundo a Câmara de Loulé.

Os objetivos específicos passam «por desenvolver um modelo para quantificar o risco de emissões, que servirá como um indicador em políticas e programas de prevenção e gestão de incêndios florestais, bem como num mapeamento do carbono armazenado na vegetação e no solo».

«Por outro lado, serão propostas medidas de restauração que incluem protocolos de ação padronizados para minimizar os danos e acelerar a recuperação dos stocks de carbono nos ecossistemas», acrescentou.

Na reunião, o Gabinete Técnico Florestal  da autarquia de Loulé traçou «as linhas principais do projeto e as ações que têm sido desenvolvidas em Loulé».

Já do lado do ISA – Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, «foi feita uma abordagem global à interação Clima/Floresta/Fogo e aos contributos importantes do REMAS na mitigação e adaptação das alterações climáticas».

«Os representantes do Instituto trouxeram alguns do resultados (provisórios) apurados nas parcelas na Serra do Caldeirão, respeitantes a áreas que arderam nos incêndios de 2004 e 2012 e a sua recuperação. O modelo em prática prevê uma monitorização semestral da variação do carbono na vegetação e no solo, em parcelas ardidas em 2004, parcelas ardidas em 2012 e parcelas não ardidas, tendo em conta variáveis definidas para a medição da vulnerabilidade à emissão de gases por incêndio rural: sensibilidade, resiliência e exposição», segundo a Câmara de Loulé.

O encontro proporcionou «um primeiro contacto com alguns dos resultados já obtidos no projeto» e procurou e despoletar o interesse dos participantes «para integrarem o grupo de trabalho a ser formado».

«Esta atividade está a ser coordenada por Loulé, a nível internacional, tanto em Portugal, como nos territórios de Espanha e França», acrescenta a autarquia.

As áreas-piloto do projeto englobam a Serra do Caldeirão, a região da Aquitânia, em França, Chequilla (Guadalajara) e Chelva-Andilla (Valência), ambas em Espanha, «onde têm sido testadas diferentes formas de intervenção após incêndio».

O REMAS, aprovado em Junho de 2019, é liderado pela Associação de Municípios Florestais da Comunidade Valenciana (AMUFOR)  e tem como parceiros  a Universidade Politécnica de Valência, a Universidade de Valência, o Conselho Provincial de Valência, o Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Agrária e Alimentar, a Câmara Municipal de Loulé, o Instituto Superior de Agronomia e a Escola Nacional Superior de Ciências Agrónomas de Bordéus.

A próxima reunião proposta aos potenciais parceiros acontece em Novembro «para consolidação do grupo de trabalho e início da definição de ações concretas».

 

 



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