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A variante Delta do coronavírus que provoca a Covid-19 tem uma prevalência acima dos 95% em todas as regiões do país, sendo de 100% no Norte, no Algarve e na Madeira, segundo o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

O Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) já analisou 13.256 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 297 concelhos de Portugal.

«Entre as novas sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 98,3% na semana 29 (19 a 25 de Julho), estando acima de 95% em todas as regiões», refere o «Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal» hoje publicado no ‘site’ do INSA.

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De acordo com os dados, a frequência relativa da variante Delta neste período foi de 100% no Norte, Algarve e Região Autónoma da Madeira, de 97,6% nas regiões Centro e Alentejo, de 97,2% em Lisboa e Vale do Tejo e de 95% na Região Autónoma dos Açores.

Os investigadores do INSA adiantam que, do total de sequências da variante Delta analisadas até à data, 62 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1).

«Esta sublinhagem tem mantido uma frequência relativa abaixo de 1% desde a semana 24 (14 a 20 de Junho), tendo sido detetados seis casos durante o período das semanas 28 (12 a 18 de Julho) e 29 (19 a 25 de Julho)», referem.

O relatório de diversidade genética do SARS-CoV-2 indica também que a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente.

Ambas apresentaram uma frequência de 0,4% na semana 29, de acordo com os dados apurados até à data, sublinham, adiantando que não se detetaram novos casos da variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile.

Entre outras variantes de interesse em circulação em Portugal, o INSA destaca as variantes B.1.621, detetada inicialmente na Colômbia, e Eta (B.1.525), detetada inicialmente na Nigéria, as quais apresentam mutações na proteína Spike, que são partilhadas com algumas das variantes de preocupação.

Estas variantes apresentam uma baixa frequência em Portugal, tendo sido detetadas abaixo de 0,8% (B.1.621) ou 0,3% (Eta B.1.525) desde a semana 25 (21 a 27 de Junho), refere o documento.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 601 sequências por semana desde o início de Junho de 2021.

Esta amostragem envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 distritos do continente e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 118 concelhos por semana.

A partir de Junho, o INSA adotou uma nova estratégia de monitorização contínua da diversidade genética do novo coronavírus em Portugal, a qual assenta em amostragens semanais de amplitude nacional.

«Esta abordagem permitirá uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos temporais entre análises», salienta o instituto.



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