Os casos de Covid-19 Algarve continuam a aumentar «exponencialmente» e a culpa é da «falta de consciência de algumas famílias» nas celebrações do Natal, considerou esta sexta-feira, dia 8, António Pina, presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, na conferência de imprensa de balanço da situação epidemiológica, na região algarvia.
Este reparo é feito num dia em que há 419 novos casos de Covid-19 no Algarve, um novo recorde, depois dos 394 reportados na quarta-feira. Também há mais uma vítima mortal a lamentar.
O aumento de infeções resulta de uma «transmissão generalizada pela região» e não de surtos específicos, revelou Ana Cristina Guerreiro, a delegada Regional de Saúde do Algarve. A única exceção é Tavira, onde os muitos casos que têm sido reportados estão, em grande medida, ligados a um surto com origem num ginásio da cidade.
Uma situação que «é difícil» e que é «fruto da irresponsabilidade de cada um de nós», afirmou António Pina.
«Se esta situação se mantiver ou aumentar nos próximos dias, é bom que todos nos preparemos para situação de confinamento geral, ou mais agravado. É o preço que, como comunidade, vamos ter de pagar pela irresponsabilidade de alguns», reforçou.
O autarca olhanense e presidente da AMAL foi, entre os representantes das diferentes autoridades presentes, o mais crítico em relação ao alegado “baixar da guarda” da população, em relação às medidas de contenção da pandemia. Mas não foi o único.
«Começámos o ano com situação epidemiológica preocupante, na sequência de alguma flexibilidade no Natal, mal aproveitada por parte de alguns cidadãos. Como consequência, temos agora uma situação pesada», disse Ana Cristina Guerreiro.
Afinal, o Algarve teve, pela primeira vez, um aumento diário de casos superior a quatro centenas, o que faz o total de casos, em números acumulados desde o início da pandemia para os 9515.
Também os óbitos têm vindo, gradualmente, a aumentar, fixando-se, hoje, nos 85, em termos acumulados.
No Algarve, segundo os dados da Autoridade de Saúde Regional, que são «um pouco diferentes dos da DGS», houve já 6550 pessoas a recuperar, mantendo-se ativos 2880 casos.
Nos hospitais da região há agora 92 pessoas internadas, mais sete que ontem, 17 dos quais nos cuidados intensivos (-1) e nove ventilados (=).
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