O RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens recebeu três grifos (Gyps fulvus) em Outubro, apenas no espaço de uma semana. Dois deles, muito debilitados, foram encontrados no Algarve e o terceiro perto de Mértola, com sinais de eletrocussão.
Os dois grifos algarvios estavam debilitados e desnutridos. No RIAS, foi-lhes administrada uma solução multivitamínica e fornecido alimento adequado, que «ansiosamente devoraram».
Atualmente já se encontram nas instalações exteriores de 50 metros, onde poderão treinar o voo e recuperar a condição física.
Quanto ao terceiro grifo, foi encontrado imóvel em Alcaria Ruiva (concelho de Mértola), e transportado para o RIAS pelos Vigilantes da Natureza do Parque Natural do Vale do Guadiana.
Durante o exame físico, foram observados sinais evidentes de eletrocussão com linhas de média/alta tensão – apresentava uma pequena queimadura numa das patas e um ferimento grande na asa esquerda, com tecido necrótico e presença de larvas, indicação de que a eletrocussão terá acontecido há pelo menos uma semana.
Administrada ivermectina (para eliminação das larvas) e feito o curativo, ficou em recuperação na sala de internamento do RIAS.
Decorridos alguns dias, de modo que a ave estabilizasse, foi então realizada a debridagem do ferimento, com a ave sob anestesia.
Este grifo está agora numa instalação interior do centro situado na Quinta de Marim, em Olhão, onde poderá ser vigiado de perto.
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