Há dois novos casos de Covid-19 em Monchique, o único concelho de Portugal Continental que não tinha qualquer caso ativo da doença. Trata-se de um casal, «com idades próximas dos 65 anos» e que terá sido infetado «por um familiar a viver noutra região do país», segundo revela Rui André, presidente da Câmara de Monchique, na sua página de Facebook.
Um dos membros do casal é uma funcionária municipal, mas que exerce funções no Ensino Pré-Escolar do Parque Escolar de S. Pedro, em Monchique.
Por precaução, as cinco salas da pré-escola foram fechadas e todas as 105 crianças estão em isolamento profilático até dia 27 de Novembro, disse o autarca monchiquense ao Sul Informação.
Rui André acrescenta que também «foram já hoje testados todos os contactos diretos (cerca de 30 pessoas), entre os quais colegas e outros profissionais deste estabelecimento». Os resultados dos testes deverão ser conhecidos esta terça-feira.
Agora, em conjunto com as autoridades de saúde, «iremos acompanhando de forma cuidadosa toda esta situação, que será avaliada diariamente, de forma a serem tomadas as medidas necessárias», diz ainda.
«De acordo com avaliação das autoridades de saúde e caso tal se justifique, serão testadas mais pessoas, sendo que, para já, não há registo de qualquer pessoa ou criança sintomática».
O presidente da Câmara de Monchique lamenta o aparecimento destes dois casos, «depois de longas semanas sem casos ativos no nosso concelho».
O autarca acrescenta: «agradeço que continuemos atentos e a cumprir as regras de higiene respiratória e o uso da máscara, assim como a evitar comportamentos de risco, a bem da nossa própria saúde e de todos aqueles com quem convivemos diariamente, seja em contexto, social, familiar ou profissional».
Depois de ter deixado de ser o único concelho do país sem casos ativos, Rui André salienta que «o regresso a este registo sem casos depende da atitude de cada um, ao não ser foco de contágio nem de disseminação deste vírus. Temos conseguido circunscrever os casos registados até aqui, o que só demonstra a forma responsável com que a nossa população tem sabido corresponder a esta ameaça ao nosso bem estar».
O autarca termina fazendo um «apelo à calma» e enviando «um abraço fraterno a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, ficarão nos próximos dias privados da normalidade do seu dia-a-dia», manifestando-se «disponível para qualquer informação ou apoio que venha a ser necessário».
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