As aulas do ano letivo 2020/2021 na Universidade do Algarve começaram esta terça-feira, 6 de Outubro, entre trajes e máscaras.
Em tempos de pandemia da Covid-19, este é um início de aulas diferente. Pelo campus de Gambelas da Universidade do Algarve, onde o Sul Informação esteve, não se veem as tradicionais praxes com aglomerados de estudantes.
Ainda assim, aos académicos e veteranos, a maior parte usando máscara, cabe, na mesma, a tarefa de guiar os caloiros pelo campus, dando a conhecer a Universidade a quem agora começa uma nova etapa do seu percurso académico.
De resto, as praxes dentro dos campi da Universidade do Algarve estão mesmo proibidas. Numa mensagem à comunidade académica, Paulo Águas, reitor da UAlg, pediu responsabilidade, apelando a uma «saudável integração» dos novos alunos.
Mesmo qualquer atividade de praxe fora dos espaços da Universidade está sujeita aos «parâmetros impostos pelo estado de emergência», como frisou o Magnum Concilium Veteranorum (Conselho de Veteranos) num comunicado em que também decretou a suspensão das praxes dentro dos campi. Nunca uma decisão destas tinha partido dos alunos.
Beatriz Oliveira, estudante do 3º ano do curso de Ciências da Educação e da Formação (CEF), contou ao Sul Informação como se está a viver este ano diferente, na Universidade do Algarve.
«Este é um ano muito diferente que necessitou de muita adaptação. As praxes não são nada daquilo que nós sofremos na altura: andamos a guiá-los pelos edifícios», contou.
«Estamos todos a dar o máximo para que eles tenham este momento de tradição que achamos que é importante na entrada para a Universidade», disse.
A UAlg teve, este ano, o maior aumento de colocados dos últimos 20 anos. A academia registou um crescimento na procura, com 1592 colocados, mais 361 (+29%) face a 2019/20.
Fotos: Flávio Costa | Sul Informação