As eleições para a presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo vão ser disputadas a dois, entre o socialista António Ceia da Silva, o atual presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, e Roberto Grilo, do PSD, que é o atual presidente da CCDR alentejana.
O primeiro a avançar com a candidatura foi António Ceia da Silva.
Num post na sua página de Facebook, o presidente da ERT Alentejo e Ribatejo assegurou que avançou com «uma candidatura completamente independente, tanto que apresentei os formulários de apoio mesmo sem ser necessário», ou seja, mesmo tendo o apoio do PS.
Esta ressalva do candidato socialista à CCDR do Alentejo refere-se ao facto de as regras deste escrutínio determinarem que as listas que não forem indicadas por um partido com representação na região, terão de ser subscritas por, pelo menos, 15% dos autarcas que compõem o colégio eleitoral.
Entretanto, Roberto Grilo revelou que também ia avançar com uma candidatura independente, que já era, de resto, esperada.
É que, apesar de ter havido negociações a nível nacional entre os socialistas e os social-democratas, das quais terá saído um acordo não escrito, a determinar que as CCDR do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo ficarão na mão dos socialistas e as do Centro e Norte cairão para o PSD, no Alentejo nunca houve consenso.
O ainda presidente da CCDR alentejana disse à rádio Voz da Planície que reuniu «mais 25% de subscrições da sua candidatura do que estipulava o regulamento eleitoral».
«As propostas são subscritas por autarcas de praticamente todos os partidos com eleitos no Alentejo e vários movimentos independentes», acrescentou.
Assim, e tendo em conta que o Alentejo, além de autarcas do PS e do PSD, conta com muitos eleitos pela CDU, o desfecho da eleição de 13 de Outubro é incerto.
A portaria que enquadra estas eleições, que acontecem pela primeira vez na história – antes, era o Governo que escolhia o presidente das CCDR, entidade que representa o Estado Central e que é responsável pela gestão dos Fundos da União Europeia nas diferentes regiões – determina que o colégio eleitoral é composto pelos presidentes das Câmaras, das Assembleias Municipais e das Juntas de Freguesia.
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