O número de casos de Covid-19 relacionados com o surto num lar ilegal de Évora, já com um morto, estabilizou nos 53, estando duas utentes internadas no hospital da cidade, disse hoje o presidente do município.
«Está estabilizado. Há uns dias que não temos casos novos resultantes desse surto», pelo que «parece que terão sido cortadas as cadeias de transmissão», afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Évora Carlos Pinto de Sá.
Segundo o autarca, os casos de Covid-19 com ligações a este surto são 31 utentes e nove funcionários do Lar da Quinta da Sizuda e 13 pessoas na comunidade, nomeadamente «contactos dos trabalhadores» da instituição.
Desde que foi detetado o primeiro caso no lar, no passado dia 10 de Setembro, já foram realizados «cerca de 400 testes ou até mais» relacionados com este surto, notou.
Pinto de Sá e o gabinete de comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) indicaram à Lusa que estão duas utentes do lar internadas em enfermaria.
Os restantes utentes e duas funcionárias da instituição que não tinham condições de isolamento em casa encontram-se, desde quinta-feira à noite, numa residência para estudantes da Universidade de Évora.
Uma utente do Lar da Quinta da Sizuda infetada com Covid-19 e que se encontrava internada no HESE morreu na noite de quarta-feira.
O primeiro caso de Covid-19 detetado neste lar ilegal da cidade foi o de um idoso que foi transportado, no dia 10 de Setembro, para o HESE, onde fez o teste à doença com resultado positivo.
De acordo com o autarca de Évora Carlos Pinto de Sá, o lar está ilegal por se localizar numa zona da cidade cujo plano de urbanização não permite este tipo de estruturas.