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O Algarve Biomedical Center (ABC) é uma das instituições pertencentes à rede de “Heróis dos Testes” que vai receber financiamento até 300 mil euros para fazer face a despesas relacionadas com o esforço de testagem do novo coronavírus.

O centro académico algarvio é uma das 22 instituições de todas as regiões de Portugal Continental que podem candidatar-se a financiamento no âmbito da medida “Testar com Ciência e Solidariedade”, cujo aviso foi lançado ontem, dia 10.

Ao todo, a medida conta com uma dotação de 5 milhões de euros, provenientes de fundos europeus dos Programas Operacionais Regionais Norte 2020, Centro 2020, Lisboa 2020, Alentejo 2020 e CRESC Algarve 2020.

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Cada uma das instituições pode candidatar-se a uma verba até 300 mil euros, para «apoiar até 85%, a fundo perdido, despesas com equipamentos científicos e técnicos, recursos humanos, registo de patentes e adaptação de edifícios e instalações para uma maior eficácia no combate à pandemia».

São elegíveis as despesas feitas «desde o início da pandemia».

As entidades que podem beneficiar deste apoio, entre as quais também se conta a Universidade de Évora, têm sido o garante da elevada capacidade de Portugal de fazer testes à Covid-19.

Estas instituições também são peças fundamentais da luta contra a doença, em Portugal, como frisou Ana Abrunhosa, a ministra da Coesão Territorial, numa visita à Universidade do Algarve, onde o ABC está sediado.

 

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«A primeira palavra de agradecimento vai para o trabalho extraordinário que fizeram no período de pandemia e que permitiu aumentar, bastante, a capacidade de testagem do país», disse a governante.

Afinal, «se não fosse este grupo dos Heróis dos Testes, o país hoje não seria autossuficiente nas zaragatoas».

«Quando começou a pandemia, estávamos totalmente dependentes, no que dizia respeito a este material e aos kits de testagem», recordou a Ana Abrunhosa.

«Estávamos a gastar milhões em importações, quando tínhamos a capacidade interna para desenvolver, quer as zaragatoas, quer os testes», acrescentou.

E foi isso que acabou por acontecer. Um projeto do ABC, que evoluiu para um consórcio nacional, com uma unidade industrial do Norte, permite que o nosso país produza agora todas as zaragatoas de que necessita e até um excedente, «que abre a possibilidade de exportação».

Quanto à testagem propriamente dita, todos os “Heróis dos Testes” a têm garantido «a preço de custo», o que permitiu ao Estado diminuir o dinheiro gasto por cada teste.

No fundo, o ABC e os outros centros de investigação, politécnicos e universidades que criaram a rede “Heróis dos Testes” «fizeram em semanas aquilo que, provavelmente, de outra maneira, demoraria anos a fazer».

«Este é o melhor exemplo que nós temos de como a ciência é fundamental nos períodos mais críticos e de como é importante trabalhar em rede e partilhar conhecimentos», acredita Ana Abrunhosa.

 

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Ana Abrunhosa

 

Foi este forte contributo que levou o Governo a criar uma linha de financiamento específica, que, segundo o Ministério da Coesão Territorial, visa «aumentar a capacidade de rastreio e testagem da população em Portugal».

A linha de financiamento vai apoiar as instituições para que estas alarguem «o âmbito dos testes de diagnóstico à Covid-19 que realizam», bem como «no desenvolvimento de novos testes e métodos de testagem e na realização de novos estudos imunológicos à população».

Com as verbas que vierem a receber, os Heróis dos Testes poderão «robustecer, melhorar e investigar no que toca à capacidade de testagem, mas também a metodologia de análise e de outra investigação que é necessário fazer», explicou Ana Abrunhosa.

A ministra da Coesão Territorial aproveitou para deixar palavras elogiosas ao ABC, um centro académico que, «fruto do seu trabalho, muito ligado à investigação e à academia, desenvolveu competências que, na pandemia, se mostraram absolutamente essenciais».

Inicialmente, a rede “Heróis dos Testes” foi financiada por medidas do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, «o que foi essencial para capacitar as instituições envolvidas. Nesta fase, a medida Testar vai alargar o trabalho já realizado e apoiar o lançamento de novas iniciativas que ajudem a proteger a população», disse, por outro lado, o Ministério da Coesão Territorial.

«Ao lançar esta linha de apoio, o Governo compromete-se com a necessidade de minimizar o tempo de espera pelos resultados dos testes, de reduzir a taxa de contaminação do novo coronavírus e de enfrentar as exigências colocadas ao Sistema Nacional de Saúde, com particular atenção às necessidades dos mais idosos e dos profissionais com maior exposição ao agente infecioso», conclui o ministério.

 

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

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