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Não foi eleito como deputado, nas Eleições Legislativas deste domingo, 6 de Outubro, mas João Rebelo, o cabeça de lista do CDS/PP pelo Algarve, garante que se vai «manter atento à realidade» da região. 

Ao Sul Informação, João Rebelo disse que o «grande objetivo», que era voltar a eleger um parlamentar, «não foi conseguido».

Para este falhanço, na opinião do antigo deputado, contribuíram alguns fatores. «Houve uma dinâmica nacional muito negativa, com uma bipolarização muito forte entre PS e PSD que prejudicou tremendamente o CDS em termos de voto útil», começou por explicar.

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A isto somou-se «um segundo problema»: o aparecimento «de partidos na área de influência do CDS, como o Iniciativa Liberal, o Aliança e o Chega e que roubaram votos».

Mas João Rebelo apontou também como causa do mau resultado o facto de a liderança do CDS estar «desgastada».

«Isso foi claro para nós quando andávamos na rua a falar com as pessoas. Havia um desgaste muito forte da imagem da liderança do partido», considerou.

De resto, perante o desaire nacional, Assunção Cristas, presidente do CDS/PP, já abandonou a liderança, logo na noite das eleições.

Na análise ao resultado eleitoral, João Rebelo realçou os «números gigantescos da abstenção no Algarve», que foi de 54,17%.

«É muito preocupante, até por já ser recorrente, mas não vi muita gente falar sobre essa questão», considerou.

Para o futuro, a nível regional, João Rebelo disse que o CDS vai «continuar a trabalhar».

«Temos muito para fazer. Para a semana, vou reunir, no Algarve, com todas as estruturas para fazermos um balanço dos resultados e para perspetivar o futuro», adiantou.

«Guardámos alguns contactos para implementar o partido em algumas zonas e vamos avançar com isso. Não podemos fingir que tudo acabou agora. Vamos para a frente. Os cerca de 4% que votaram em nós, no Algarve, merecem ser correspondidos e essa é a nossa tarefa», acrescentou.

Na opinião de João Rebelo, o CDS – e os partidos de direita – devem-se focar, agora, nas Autárquicas de 2021.

«Vamos estar a meio de seis anos de governação socialista e haverá sempre desgaste político. É uma oportunidade, também no Algarve. Há um potencial grande, se houver união e dinâmica, para uma transformação muito forte em termos autárquicos», concluiu.

Nas Eleições Legislativas deste domingo, o Partido Socialista foi o partido mais votado nos 16 concelhos algarvios. Os lugares algarvios na Assembleia da República distribuíram-se pelo PS (5), PSD (3) e Bloco de Esquerda (1).

 

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