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Antes que Monchique, Aljezur ou Odemira ardam outra vez, vão ser apresentados os resultados do projeto TerraSeixe – Gestão Ambiental Partilhada no Sudoeste de Portugal, no dia 22 de Março, entre as 10h00 e as 17h00, no auditório da CCDR do Algarve, em Faro.

Este evento vai reunir especialistas, políticos e cidadãos para um debate «sobre a temática da dinamização e ordenamento sustentáveis dos territórios, num contexto de alterações climáticas», segundo o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), que coordenou o projeto.

Miguel Freitas, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, é uma das presenças confirmadas neste evento.

lagos eventos

Segundo explica o GEOTA, o projeto, que foi apoiado pelo programa CRESC Algarve 2020, desenvolveu estudos de base para a gestão ambiental partilhada do território da bacia hidrográfica da Ribeira de Seixe, que inclui os concelhos de Monchique, Aljezur e Odemira, numa abordagem intermunicipal e inter-regional.

«Trata-se de uma área com cerca de 25 mil hectares, dos quais 90% têm estatuto de proteção. A ocupação do solo inclui 44% de eucalipto e uma estrutura fundiária dividida em 3850 prédios rústicos», acrescenta o grupo, que lembra que «entre 2003 e 2018, a área foi varrida por violentos incêndios com impactes ambientais e económicos significativos, à semelhança do que sucedeu em muitas outras áreas do país, agravando o despovoamento e a desertificação física».

Marlene Marques, presidente do GEOTA, explica que «este projeto pretende introduzir em Portugal uma metodologia colaborativa e participativa para a gestão do território».

A responsável alerta também que «face aos recentes incêndios e aos seus impactos catastróficos reiterados é preciso repensar o modelo de desenvolvimento que queremos antes que arda outra vez».

Já Miguel Jerónimo, coordenador do projeto, considera que «inverter esta tendência implica repensar o modo de atuação das políticas públicas neste território e definir um novo modelo de gestão que permita promover a conectividade ecológica, aumentar a resiliência ao fogo e às alterações climáticas, estimulando uma economia agrícola, florestal e turística de proximidade».

O projeto TerraSeixe começou a ser elaborado antes do incêndio de Monchique do último Verão mas, na sequência da catástrofe, e também numa perspetiva de reordenamento do território, está em desenvolvimento outro projeto, o Programa de Reordenamento Económico e da Paisagem da Serra de Monchique.

Segundo disse Rui André, presidente da Câmara de Monchique, ao Sul Informação, este programa «tem de avançar em 2019. Se passar mais um ano sobre o incêndio, as medidas não vão resultar. Espero que estas ferramentas estejam em execução este ano, para irmos a tempo de corrigir muitas coisas».

O projeto TerraSeixe é liderado pelo GEOTA em parceria com a Câmara Municipal de Aljezur, Câmara Municipal de Monchique, a Câmara Municipal de Odemira, a Junta de Freguesia de Odeceixe, a Associação Vicentina, ICNF-DCN Algarve, a APA-ARH Algarve, a Universidade do Algarve (Centro de Estudos em Património, Paisagem e Construção), a Universidade de Évora (Polo de Évora do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos), Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Grupo de Investigação Ambiente, Território e Sociedade) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade da Nova de Lisboa.

Consulte aqui o programa da apresentação do TerraSeixe.

 

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