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A principal frente do incêndio que lavra há três dias e meio na Serra de Monchique chegou à Barragem de Odelouca e os bombeiros vão «passar a ter mais condições para o combater», revelou a Autoridade Nacional de Proteção Civil, numa conferência de imprensa esta noite.

Este ponto da situação foi feito numa altura em que as chamas estão às portas da vila de Monchique e que, confirmou o coronel Duarte Costa, comandante operacional da ANPC, «já passaram por Alferce, que esteve sempre protegida». No entanto, ao que o Sul Informação apurou, houve casas e anexos agrícolas afetados pelas chamas, nomeadamente na zona da Fornalha, a curta distância do Alferce.

Esta aldeia esteve, aliás, isolada durante mais de uma hora, rodeada pelas chamas e com os acessos de estrada cortados.

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Duarte Costa mostrou-se confiante de que os operacionais no terreno vão ter melhores condições para combater o fogo, não só pela barreira que a albufeira de Odelouca representa, mas também pela previsão de uma mudança das condições climatéricas, com subida da humidade relativa «para os 50%» e diminuição das temperaturas.

«Espero que durante a noite consigamos controlar este incêndio, que já dura há tempo demais», afirmou o comandante operacional da ANPC.

O mesmo responsável acrescentou que os meios continuam a ser reforçados em Monchique, estando neste momento a caminho do Algarve mais «cinco grupos de combate», integrando elementos da força especial de bombeiros, GNR e Forças Armadas. Há também mais oito máquinas de rasto, que se vão juntar às 32 que já lá estão.

Apesar de garantir que a situação em Monchique e em Alferce está «controlada», Duarte Costa admitiu que, nos pequenos aglomerados habitacionais que foram sendo evacuados durante a tarde, as casas «possam ter sofrido a ação das chamas».

«Não conseguimos fazer a defesa perimétrica de todas as pequenas localidades, estamos a concentrar-se nos núcleos maiores. Os pequenos aglomerados, de onde foram retiradas as pessoas, podem ter sofrido a ação do fogo. Mas, pelo que me foi transmitido, a maior parte de Monchique está salvaguardada e a população está protegida», disse.

Aquele responsável disse que a população foi «salvaguardada», tendo as pessoas sido retiradas dos locais em risco para o centro da vila, «de forma ordeira».

Quanto às explosões que se ouvem na vila de Monchique, «são, provavelmente, garrafas de gás a rebentar» em casas que foram atingidas pelo fogo.

Tendo em conta que as chamas têm estado, desde há cerca de três horas, às portas de Monchique, chegaram a ser «requisitados vários autocarros», mas que, com o evoluir favorável do fogo, «ao que tudo indica, não serão precisos».

«Não entrem em pânico, ouçam as recomendações dos agentes da proteção civil», aconselhou o comandante operacional da ANPC.

Entretanto, o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, já declarou que a União Europeia está “pronta para ajudar” na situação do incêndio em Monchique

Neste momento, segundo o site da Proteção Civil, há já quase 1000 operacionais a combater as chamas nas várias frentes, apoiadas por 284 veículos.

Recorde-se que o fogo começou na sexta-feira, dia 3, pelas 13h30, na zona da Perna da Negra, a norte de Monchique, quase na fronteira com o vizinho concelho de Odemira. Desde então, em três dias e meio de fogo, as chamas subiram uma encosta da serra, desceram para o vale onde fica a vila, subiram ao monte em frente, o cerro da Picota, e agora estão a descer a vertente sudeste, tendo passado Alferce e estando na zona da Barragem de Odelouca.

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