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O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa vai inaugurar, no próximo dia 19 de Agosto, a placa de Tesouro Nacional no mosaico romano do Deus Oceano, no Museu de Faro, apurou o Sul Informação.

Na visita a Faro, Marcelo Rebelo de Sousa é ainda expectável uma ida do Chefe de Estado ao festival de folclore FolkFaro, que decorre de 18 a 26 de Agosto.

O mosaico romano do Deus Oceano, do Museu de Faro, foi reconhecido como Tesouro Nacional, a 3 de Maio, numa reunião do Conselho de Ministros.

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Esta é a primeira peça museológica abaixo de Évora a merecer esta distinção, algo que Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, disse ser «um orgulho».

Marco Lopes, diretor do Museu de Faro, explicou na altura ao Sul Informação, que «a classificação como Tesouro Nacional é o reconhecimento máximo que uma peça museológica pode alcançar, em Portugal».

«O facto de, agora, termos um no museu, aumenta a nossa responsabilidade, mas também o nosso protagonismo, que, a partir de agora, mais do que local e regional, é nacional», disse.

Sul Informação
Sala do mosaico romano do Deus Oceano

Descoberto em 1926, entre as Ruas Infante D. Henrique e Ventura Coelho, em Faro, o mosaico foi, então, novamente reenterrado, só voltando a ser redescoberto em 1976, no decorrer de obras de construção.

Datado de finais do século II ou inícios do III d.C, estaria integrado num edifício público relacionado com atividades marítimas, talvez a sede duma corporação profissional (schola). Os patrocinadores do mosaico inscreveram nele, para a eternidade, os seus nomes, como era comum na sociedade romana.

A cabeça de Oceano é tratada como uma máscara e a associação dos Ventos (Euro e Bóreas) – que personificam as forças naturais – à cabeça de Oceano não é a mais frequente nas representações do deus (Lancha, 1985:117).

Toda a iconografia e restante decoração presentes neste mosaico, bem como a própria inscrição dos nomes dos patrocinadores, além de indicarem uma origem norte africana dos seus executores, constituem todo um programa de afirmação de uma cidade e da sua vitalidade sócio-económica; uma urbe que vivia dos produtos do mar e seus preparados e que exportava um pouco para todo o império.

Daí a temática central deste mosaico: Oceano, pai de todas as águas, que faz nascer os Ventos, cujo sopro favorece a navegação, o comércio. Cosmologia e geografia humana inspiram este mosaico e não a mitologia ou a cenografia (Lancha, 1985:119,120).

 

Bibliografia:
LANCHA, J.(1985) “O Mosaico “Oceano” descoberto em Faro (Algarve)”. Anais do Município de Faro. Vol.XV. Faro. p.111-124.

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