Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
Sul Informação
Foto: Ana Fernandes, publicada no Facebook

Acabou por ser um caixote do lixo a ajudar à captura da jovem raposa que, desde há dois meses, deambulava, doente, numa praia de Cabanas de Tavira. O animal já está a ser tratado pelo RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, desde o passado sábado, 28 de Outubro. A raposinha tem um quadro «debilitante», mas o prognóstico «é favorável». 

Segundo o RIAS, cujo centro se situa na Quinta de Marim, em Olhão, o animal apresenta um quadro que «inclui caquexia, sarna, moderada carga parasitária, conjuntivite e diarreia».

Ainda assim, a jovem raposa encontra-se ativa e a comer.  Ana Fernandes, que foi uma das pessoas a denunciar o caso no Facebook, conta como foi a captura do animal.

recrutamento zoomarine 2025

A jovem raposa foi apanhada «porque um casal de turistas deitou restos num contentor do lixo». «E o potente nariz» da raposa «detetou logo o aroma irresistível do petisco!»

«Ágil, como todas as raposas», o animal saltou «lá para dentro». Ora, «o casal estava atento e, com a ajuda da Sónia Encarnação (voluntária da [associação] Adota) e do senhor Armando Parra (barqueiro do Cabanas Park)… zás!» Fecharam-na «lá dentro!»

Depois, Sónia Encarnação ligou para o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), mas…«ninguém atendeu». A seguir, Sónia ligou para a GNR e teve mais sucesso. O animal, a quem Ana Fernandes, sua madrinha, deu o nome de «Ria», acabou por ser transportado para o centro onde está agora a ser tratado.

Há cerca de duas semanas que, segundo a diretora regional do ICNF, «novos métodos de captura» estavam a ser postos em prática por essa entidade, com a colaboração do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e da veterinária municipal de Tavira. Mas acabou por ser de forma bem diferente e apenas com a ajuda de banhistas e voluntários, que o animal doente foi capturado.

Antes, já se tinha tentado apanhar a raposa com recurso a uma armadilha com um isco… mas as tentativas saíram também goradas. 

Por agora, e já com a raposa resgatada, a sua recuperação é da total responsabilidade do RIAS, que é um projeto da Associação ALDEIA, uma Organização Não-Governamental de Ambiente, vivendo «em grande parte do apoio de voluntários, de donativos e da boa vontade de todas as pessoas que nos ajudam».

Por isso, o RIAS apela, em comunicado, para que «se tiver interesse em ajudar no processo de recuperação desta raposa, ou de outros animais, pode contribuir, apadrinhando-os ou fazendo um donativo».

«Desta forma, estará a contribuir para um melhor funcionamento do nosso centro e, consequentemente, bem-estar de todos os animais em recuperação», conclui.

Entretanto, Ana Fernandes, que nunca desistiu de denunciar o que se ia passando com a raposinha, interroga agora: «E agora, senhores e senhoras das autoridades? Estão em condições de garantir, sem a mínima margem para dúvidas, de que é só uma raposa que precisa de ajuda na Praia de Cabanas?»

 

Sul Informação
Os voluntários e banhistas responsáveis pelo salvamento da raposinha – Foto: Ana Fernandes, publicada no Facebook

inframoura cada gota importa
banner de topo alcoutim

Também poderá gostar

GNR

717 infrações registadas nas estradas algarvias na última semana

Vehicle of the portuguese Republican National Guard

Prisão preventiva para suspeitos de furtos em Alcácer do Sal

DECIRALG-25 (5)

Exercício regional de preparação para incêndios rurais juntou 300 operacionais