A Câmara de Loulé acaba de anunciar que vai indeferir o pedido de utilização do seu Heliporto Municipal para apoio à atividade de prospeção de gás e petróleo.
Em resposta à solicitação do concessionário que está à frente desta prospeção, o Município de Loulé «pretende emitir um parecer negativo».
Segundo a autarquia, o concessionário, o consórcio Repsol/Partex, pediu-lhe que autorize o estacionamento e operação de um helicóptero de evacuação médica e apoio a um navio plataforma estacionado ao largo da costa algarvia, a partir do Heliporto Municipal de Loulé, entre os próximos meses de setembro e outubro.
Apesar de tratar-se de uma colaboração no plano da assistência médica ao dispositivo, o presidente da Câmara louletana, que é também presidente do Conselho Regional do Algarve, é claro ao afirmar que «Loulé não quer ver-se associado a nenhuma forma de colaboração com aquela atividade de prospeção».
Este indeferimento vai ao encontro da decisão por unanimidade do Conselho Regional do Algarve, de 19 de maio, de «total oposição à prospeção e exploração de gás e petróleo no Algarve, em Terra ou no Mar» e da posição pública assumida por Vítor Aleixo de discordância relativamente à prospeção de hidrocarbonetos fósseis ao largo da costa algarvia, que considera ser «lesiva dos interesses da região e dos seus habitantes».