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Sul Informação«Salvar refugiados no Mediterrâneo é a continuação do trabalho que a Marinha sempre fez: salvamentos no mar», disse o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), General Artur Pina Monteiro, no final do exercício naval Seaborder 2015, que decorreu ao largo da costa algarvia, com a participação de meios navais e aéreos de Espanha, França, Itália, Marrocos, Portugal e Tunísia.

Daí que essa missão não seja nova para a Marinha Portuguesa, que tem estado envolvida naquela questão humanitária no âmbito da agência europeia Frontex.

O exercício Seaborder integra-se na Iniciativa 5+5 Defesa, que integra, além dos países já referidos, também a Argélia, Líbia, Malta e Mauritânia. A iniciativa foi criada há dez anos, quando já se colocava a questão dos migrantes no Mediterrâneo, mas havia ainda outros desafios de segurança marítima internacional em comum.

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O exercício, explicou o CEMGFA, «traduz a cooperação internacional entre cinco países da Europa e outros tantos do Norte de África», perante uma «realidade de múltiplos desafios no Mediterrâneo», que tem a ver com a questão dos migrantes e dos refugiados, mas também como outras questões ligadas à segurança internacional, como o tráfico de armas, de pessoas ou de drogas.

Os exercícios conjuntos, como o que decorreu ao largo de Portimão, destinam-se a treinar as forças dos vários países, não tanto no tipo de missões, mas sobretudo no trabalho conjunto, na cooperação: «quando for determinado, estaremos em melhores condições para atuar de forma conjunta», acrescentou o general Pina Monteiro. Para mais porque, sublinhou, «aquilo que foi feito aqui, tem sido feito, em termos reais, no Mediterrâneo». «Treinamos para isso, para termos esta boa colaboração».

O capitão-tenente Pedro Coelho Dias, comandante do navio patrulha oceânico NRP Figueira da Foz, um dos meios portugueses que participaram no exercício e que comandava a força, salientou, por seu lado, que, tendo em conta os «desafios comuns» que se colocam na bacia do Mediterrâneo, «é preciso estar no mar e treinar em conjunto, para criar uma linguagem comum».

Sul Informação«Trata-se de países que estão perto, que têm desafios comuns e por isso precisam de se conhecer e de criar laços de cooperação», salientou o comandante do NRP Figueira, uma das joias da Marinha Portuguesa, que, no Distinguished Visitors Day (DVD), recebeu a bordo jornalistas, o CEMGFA, bem como outros chefes militares e observadores, portugueses e dos países participantes no exercício.

«Não se atua no mar sozinho. Há uma cooperação internacional, através da agência Frontex com as marinhas, mas também com os órgãos de polícia criminal» dos vários países.

O NRP Figueira da Foz, um navio que está ao serviço da Armada Portuguesa apenas há dois anos, tendo sido construído nos estaleiros de Viana do Castelo, está dotado «de tecnologia avançada», o que lhe permite operar «com uma guarnição muito pequena».

Para este Seaborder de 2015, foi simulado um cenário de busca e salvamento. Primeiro foi feito o contacto inicial com «embarcações suspeitas de atividades ilícitas», tarefa a cargo, entre outros meios, das aeronaves P3-C e C295 das Forças Aéreas Portuguesa e Espanhola, respetivamente, que recolheram imagens em tempo real, enviadas para o NRP Figueira da Foz, onde estava o comandante desta força conjunta.

Com base nessa informação, teve lugar a busca a um navio pesqueiro suspeito de transportar armas a bordo. Essa missão esteve a cargo dos pelotões de abordagem dos fuzileiros portugueses, transportados do NRP Figueira da Foz para o barco de pesca suspeito pelo helicóptero Lynx MK95 da Marinha Portuguesa, com o apoio da embarcação semi-rígida da fragata francesa FS Premier Maître L’Her.

No meio de tudo isto, sem que, quem estava à superfície, soubesse, o submarino português NRP Tridente estava também a recolher informação «de forma furtiva».

Sul InformaçãoTerminada esta missão com sucesso, foi a vez de uma operação de busca e salvamento, que passou pela recuperação de um homem que tinha caído ao mar, ao mesmo tempo que foi ainda evacuado, de um navio, um tripulante com problemas de saúde que obrigavam à sua evacuação médica.

Desta vez foi tudo um exercício de treino, mas, estas são missões de segurança marítima – não militares – a que as marinhas modernas se dedicam nos tempos atuais, em especial em zonas do globo tão conturbadas e estrategicamente importantes como o Mediterrâneo. Tendo em conta que os problemas e desafios são comuns, nada como promover exercícios conjuntos, que permitam «estabelecer procedimentos comuns e conduzir atividades de treino, certificação e qualificação de tripulações e guarnições».

Os exercícios militares da série Seaborder surgem no quadro da Iniciativa 5+5 Defesa, com o objetivo de desenvolver a cooperação entre os países membros e são conduzidos em ambiente conjunto e combinado, a fim de exercitar o planeamento e condução de Operações de Segurança Marítima, a interoperabilidade entre Centros de Operações Marítimas, como contributo para o exercício da Autoridade no Mar em ambiente internacional.

Este ano, a organização do Seaborder foi da responsabilidade de Portugal, Espanha, Itália e Malta, e integrou ainda, além deste exercício que pela primeira vez decorreu na costa portuguesa, outro no Mediterrâneo.

Para a repórter do Sul Informação, os momentos mais empolgantes foram a emersão do submarino «Tridente», da Marinha Portuguesa, o sobrevoo do navio patrulha oceânico «Figueira da Foz» pelo avião quadrimotor P-3 Orion, e ainda toda a operação de abordagem feita pelo pelotão de fuzileiros e pelo helicóptero Lynx MK95 da Marinha Portuguesa.


Aqui ficam as imagens do exercício Seaborder 2015 (fotos Elisabete Rodrigues/Sul Informação):

 

 

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