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Sul InformaçãoPortugal foi um país pobre, com um povo esforçado, que aproveitava tudo que pudesse explorar, para sobreviver. As famílias plantavam a sua horta, colhiam frutas e frutos secos, o povo andava de bicicleta, tudo com origem regional ou nacional. E ainda poupavam para visitar amigos nas férias, melhorar a sua modesta casa e uns mimos no fim-do-ano. Eram felizes, governavam-se.

Veio a UE com possíveis melhoras, empréstimos, um paraíso. Esses dinheiros foram usados sobretudo para tachos para os amigos da corte.

Veio o Euro com promessas de um paraíso ainda melhor. Emprestaram-se como nunca dantes, viajaram, não como os corajosos navegadores, mas como os membros das novas cortes, em aviões de luxo, carros de alta cilindrada, com roupas e calçados de marca, em vez dos nossos, há décadas de boa qualidade.

festival do marisco de olhao

O desperdício, com endividamentos que teremos que pagar ao longo de 40 anos (cada par pagará mil euros por ano) afetará a vida dos nossos filhos.

Para onde foram estes dinheiros? O estádio de Faro/Loulé raramente é usado, o aluguer custa balúrdios. O Centro de Convenções do Parchal raramente é usado, pela mesma razão. A Via do Infante está às moscas pelo elevado e complexo sistema de cobrança. Na maioria dos municípios há palácios, ou Câmara Municipal, com milhares de funcionários. Tudo com valores que tu, eu, nossos filhos, teremos que pagar.

Como a Troika impôs austeridade também aos autarcas, inventaram taxas para quem usa telefone, aumentaram as de água, sempre fixas, independente se a família ou empresa desperdiça ou poupa.

Continuamos a importar gadgets supérfluos, para brincar aos jornalistas, queremos todos ser ouvidos à distância, já não falamos uns com os outros. Os políticos, que antes vinham dialogar connosco, agora não mais COM-versam, mas PARA-versam. Deus nos deu dois ouvidos e uma boca para ouvirmos o dobro do que falamos. Mas os que hoje nos dirigem parecem ter quatro bocas e meio ouvido.

A intenção de voto em Espanha mostra que um novo partido poderá ser o maior, nas próximas eleições. Na Suécia, França, Reino Unido, na UE em geral, os partidos de extrema avançaram como nunca dantes. A vitória dos republicanos nos EUA deveu-se à abstenção. Tudo prova a insatisfação do eleitor com o sistema chamado democrático.

Nós, cidadãos, não somos ouvidos, os políticos ficam com elevados salários e privilégios e nós no desespero.

Será a hora de, como na altura da “outra senhora” emigrarmos em massa ou apoiar o movimento “Nós, Cidadãos”? Eu apoio NÓS!

 

Jack Soifer é autor dos livros «Como sair da Crise», «Transportes», «Portugal Rural», «Algarve/Alentejo – My Love» e «Ontem e Oje na Economia»

 

 

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