Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
teatro das figuras

Sul InformaçãoO PCP questionou o Governo sobre «o inaceitável corte de fornecimento de energia elétrica a habitações financiadas pelo Estado, através do IHRU, em Ferreiras, no concelho de Albufeira», que se arrasta desde 21 de julho deste ano.

Uma situação que está a afetar 28 agregados familiares, que já ocuparam as suas habitações neste bairro com 38 fogos. O deputado comunista eleito pelo Algarve Paulo Sá esteve este domingo no local para se encontrar os moradores do bairro de habitações a custos controlados, construído com financiamento do Estado, e denunciou o que considera «uma situação inaceitável».

Os moradores das casas a custo controlados viram-se obrigados a usar a energia elétrica da obra, enquanto aguardavam que a empresa construtora do empreendimento desencadeasse o processo de certificação energética das habitações, mas acabaram por ver a eletricidade cortada, sem que este processo esteja concluído. Para isso, pagavam um valor mensal ao empreiteiro.

jf-quarteira

Segundo os comunistas, os proprietários das casas, selecionados através de um concurso lançado pela Câmara de Albufeira, começaram a habitá-las a partir de setembro de 2013. «Contudo, cedo constataram que as instalações elétricas das suas habitações não estavam certificadas, pelo que não podiam contratar, junto de uma empresa distribuidora, o fornecimento de energia elétrica», descreve o Grupo Parlamentar do PCP.

«Entretanto, enquanto aguardavam que a empresa Imosoudos desencadeasse o processo de certificação, consumiam, nas suas habitações, energia elétrica da obra, pagando ao empreiteiro cerca de 40 euros mensais, em média, por habitação», acrescentaram. Mas, em janeiro de 2014, a empresa construtora «passou a exigir a cada morador, pelo consumo de energia elétrica da obra, quantias superiores a 100 euros mensais».

Sul Informação«Os moradores, revoltados, recusaram esta imposição da Imosoudos e exigiram que as instalações elétricas fossem certificadas, de acordo com os procedimentos legais, de modo a poderem contratar, com uma empresa distribuidora, o fornecimento de energia elétrica às suas habitações. A Imosoudos não procedeu à certificação das instalações elétricas e a empresa distribuidora de energia elétrica cortou o fornecimento no dia 21 de julho de 2014», acrescentam os comunistas, na exposição que fizeram ao Governo.

«Acresce que as obras ainda não estão totalmente concluídas (falta o arranjo do espaço envolvente dos 38 fogos) e as fachadas, as coberturas e o interior das habitações apresentam já sinais de degradação. Os moradores tentaram contactar a Imosoudos para que as obras fossem concluídas e as reparações nas fachadas, nas coberturas e no interior das habitações fossem realizadas, mas sem sucesso», segundo o PCP.

O Grupo Parlamentar comunista pede, agora, uma célere intervenção do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que encomendou a obra em 2010 e a financiou, que, dizem, não deu qualquer resposta aos pedidos feitos pelos moradores, para que resolva a situação.

«Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (pergunta em anexo), solicitando justificação para o facto de o IHRU, perante o corte do fornecimento de energia elétrica aos moradores de habitações financiadas pelo Estado no regime de Contrato de Desenvolvimento da Habitação, não ter intervindo no sentido de pôr fim a essa inaceitável situação», revelou o Grupo Parlamentar do PCP.

Exige, ainda, uma « justificação para o facto de o IHRU ter permitido a comercialização de habitações por si financiadas sem que as instalações elétricas tenham sido certificadas previamente, e de, após a comercialização das habitações, não ter intervindo no sentido de garantir uma célere certificação das instalações elétricas e ter permitido que a situação se arrastasse por mais de um ano».

sessões de cinema de inverno

Também poderá gostar

Carros Clássicos_ CR (44)

Dezenas de carros clássicos voltam a encher as ruas de Albufeira

Marcelo Rebelo de Sousa Olhão Escola Secundária Presidente da República-4

PR vê condições de governabilidade e espera novo Governo perto do 10 de Junho

2023 Paulo Raimundo - SG (1)

Raimundo fala de resistência da CDU perante crescimento de agenda «retrógrada»