Xarém, polvo e peixes vários, conquilhas e amêijoas, atum de várias maneiras, bom pão, carne de porco e caça, vinho, azeitonas e azeite. Estes são alguns dos elementos – os mais apetitosos e visíveis – da Dieta Mediterrânica algarvia, cuja candidatura da contribuição portuguesa a Património Cultural Imaterial da UNESCO é representada em Portugal pelo Município de Tavira.
E porque nesta cidade algarvia já se está a trabalhar com afinco, o vídeo promocional da Candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da UNESCO, será apresentado no próximo dia 2 de novembro, às 17 horas, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, nesta cidade algarvia.
Esta ferramenta de informação e promoção, editada pela Câmara Municipal de Tavira e produzida pela LivreMeio Produções, apresenta, de forma sucinta, as manifestações da Dieta Mediterrânica na cidade e concelho, observadas no património imaterial ancestral ainda muito vivo em todo o território, na diversidade paisagística, produtiva e cultural e numa identidade fortemente mediterrânica.
De resto, foram estas as características e motivos que destacaram e levaram Tavira a ser selecionada como a comunidade emblemática para representar Portugal na candidatura.
«Há cerca de um ano, Tavira foi convidada pelo anterior Governo – e esse convite foi confirmado pelo atual – a protagonizar a candidatura portuguesa da Dieta Mediterrânica», explicou, ao Sul Informação, Jorge Botelho, presidente da Câmara tavirense.
«A partir desse convite, tem estado a ser feito todo um trabalho de recolha e de organização do património imaterial ligado a esse tema» e que, sublinhou o autarca, é muito mais do que simplesmente «o que se come e como se come», tendo a ver com um estilo e um modo de vida.
«Depois dessa recolha, dessa identificação, iremos avançar para um plano de salvaguarda desse Património Cultural Imaterial», acrescentou Jorge Botelho, para salientar que «a Dieta Mediterrânica está na moda» e isso é algo de que Tavira pode beneficiar, até em termos de atratividade turística.
«Esta candidatura, sobretudo quando for aprovada pela UNESCO, é diferenciadora e faz jus ao trabalho que temos feito ao nível do património», frisou o autarca.
A Dieta Mediterrânica é mais do que aquilo que se come, é um estilo de vida das populações do sul da Europa e Norte de África, constituído por sistemas e técnicas produtivas, formas de alimentação, de convívio e celebração coletiva que representam múltiplas expressões do Património Cultural Imaterial.
Os estudos nutricionais comparativos têm confirmando as qualidades preventivas da Dieta Mediterrânica em diversas doenças, nomeadamente cardiovasculares.