O horizonte temporal aponta 2030 como o ano limite para a construção de mais 150 fogos de habitação social e custos controlados em Tavira, mas Ana Paula Martins, presidente desta autarquia, garante que haverá novidades já nos próximos dois anos.
Em 2021, a Câmara de Tavira aprovou a sua Estratégia Local de Habitação, mas este «tem sido um trabalho complicado, desde logo por causa da burocracia», disse Ana Paula Martins.
«Hoje em dia, além da contratação pública, as exigências de candidaturas PRR em termos do uso de materiais e eficiências energéticas são complicadas. Nós, infelizmente, nos últimos anos, não temos conseguido recrutar técnicos superiores na área de arquitetura e engenharia e isso fez com que, para praticamente tudo o que tínhamos equacionado em 2021, tivéssemos de contratar fora os projetos para o desenvolvimento de habitações, quer de habitação social, quer de custos controlados», explicou a edil ao Sul Informação no Dia da Cidade de Tavira, a 24 de Junho.
Os concursos foram lançados e houve projetos vencedores. Neste momento, os projetos mais avançados são os de Cabanas de Tavira e de Santa Catarina da Fonte do Bispo.
Entretanto, já com estes projetos em desenvolvimento, a Câmara conseguiu comprar um loteamento mesmo na cidade de Tavira, com possibilidade para a construção de 78 fogos, dos quais 24 vão avançar para já.

A poucos dias de serem lançados os concursos para a empreitada de construção dos projetos de Cabanas de Tavira (24 fogos) e Santa Catarina da Fonte do Bispo (9 fogos), Ana Paula Martins não esconde o receio de que nenhuma empresa construtora concorra.
«Nós temos tido muitas empreitadas desertas, em que temos de lançar dois a três concursos. Para a habitação, isso é um problema que nos assusta, porque, depois, não conseguimos cumprir prazos para financiamentos, nem pôr as casas no mercado rapidamente, que é o que importa para dar respostas às pessoas e fixar jovens em Tavira ou ajudar os agregados com alguma vulnerabilidade», disse a autarca ao Sul Informação.
Concluída a construção, os fogos serão entregues às famílias e jovens por concurso. A escolha será feita através dos critérios de seleção definidos no regulamento municipal.
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