A nova campanha de sondagens arqueológicas, que decorreu no Cerro do Castelo de Alferce, de 2 a 23 de Junho, permitiu obter «mais conhecimentos» sobre «os elementos defensivos construídos durante o período omíada (séculos IX-XI d.C.)» existentes neste sítio arqueológico do concelho de Monchique.
Este projeto de investigação decorre desde 2020 e é promovido pelo Município de Monchique, em parceria com a Universidade do Algarve, a Universidade de Évora e o Campo Arqueológico de Mértola, contando com o apoio da Junta de Freguesia de Alferce e da Associação Arqueológica do Algarve.
A sondagem arqueológica «foi concretizada sensivelmente a meio da extensão do tramo de muralha oeste do grande recinto fortificado C (que configura uma área intramuros com aproximadamente 9 hectares), numa área onde se suspeitava que também existiria um muro soterrado», explica a Câmara de Monchique em nota de imprensa.
«Verificou-se que o tramo de muralha oeste do recinto fortificado C possui uma espessura de 3,20 m (bastante superior à espessura média das muralhas das três fortificações existentes no topo do sítio arqueológico) e, na área intervencionada, possui uma altura máxima conservada com cerca de 1,50 m».
Por outro lado, «confirmou-se a existência de um muro com aproximadamente 0,80 m de espessura que se sobrepõe ao tramo de muralha oeste do recinto fortificado C e se desenvolve para leste, ou seja, deverá dividir este grande recinto fortificado em duas partes com áreas semelhantes».

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