A noite em que uma multidão aguardava para ver os concertos de Dino d’Santiago com os Tubarões, mas também Silvia Perez Cruz com Salvador Sobral ou Milhanas foi «uma das melhores noites de sempre» do Festival MED, em Loulé.
«Tivemos uma adesão muito boa em todos os dias de festival, mas no sábado chegámos a ter o recinto quase lotado. Arrisco dizer que foi uma das melhores noites de sempre do MED», afirmou ao Sul Informação Carlos Carmo, fazendo um balanço desta edição.
O concerto de Dino d’Santiago com os Tubarões foi, de acordo com o vereador da Câmara de Loulé, o que juntou mais pessoas, mas houve muitos outros que superaram a expectativa.
Nesta 21ª edição do festival, que decorreu de 26 a 29 de Junho, Cabo Verde foi o país convidado, no mesmo ano em que se assinala os 50 anos da sua independência – e a ligação com este país não podia ter corrido melhor.
«Não diria que foi melhor ou pior do que a do ano passado (com Marrocos), mas aqui a grande diferença foi a ligação com a comunidade, não só com os cabo-verdianos de Loulé, mas também pessoas que vieram de todo o Algarve e que deram muito de si à festa, mostrando a sua cultura e costumes», disse Carlos Carmo, referindo-se não só ao ambiente que foi criado no “Pátio” de Cabo Verde, mas em todo o recinto, com mornas, cachupa, tabanca, pano di terra, grogue e funaná.
Na opinião de Carlos Carmo, a ideia de, todos anos, o MED ter um país convidado é «uma aposta ganha».
«Não sei se vou continuar com as minhas funções, ninguém sabe, mas espero mesmo que quem venha continue com esta valência do país convidado porque trouxe muito ao Festival MED a oportunidade de podermos aprofundar outras culturas», realçou.

A 21ª edição do festival terminou este domingo, 29 de Junho, com o já habitual dia aberto.
Este ano, também este dia bateu recordes, com milhares de pessoas a assistir ao espetáculo “Diz-me Coisas Bunitas… Para Sara Tavares”.
Esta homenagem à cantora e compositora portuguesa com origens cabo-verdiana, que morreu a 19 de Novembro de 2023, foi idealizada por Nuno Guerreiro, que preparava um concerto em nome próprio para celebrar a vida e a obra da sua grande amiga e colega.
Apesar da morte inesperada do cantor louletano Nuno Guerreiro, a 17 de Abril deste ano, a Câmara de Loulé decidiu manter o concerto no programa oficial do Festival, «em respeito pela vontade expressa do artista e pela importância desta celebração».
«Foi um concerto único e brilhante. Sendo um dia aberto, nunca tínhamos tido um concerto com tanta gente. Diria até que teve tanta gente como num dia normal», afirmou Carlos Carmo.
O concerto foi gravada e esteve, inclusive, a ser transmitido, em direto, para mais de 6 mil pessoas, nas redes sociais da Câmara.
O MED chegou assim ao fim com um balanço positivo. Para o ano há mais.
Fotos: SERVIFOTO










































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