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As restrições à captação de água subterrânea para a agricultura no Algarve foram hoje parcialmente levantadas pelo Governo, face à recuperação verificada com o impacto das chuvas de inverno, anunciou hoje, dia 4 de Julho, a ministra do Ambiente e Energia.

De acordo com Maria da Graça Carvalho, a decisão decorre da «recuperação significativa» em sete massas de água subterrânea, verificada nas bacias das ribeiras do barlavento e do sotavento algarvios, a bacia do Arade, Luz de Tavira, São Brás de Alportel, Peral, Moncarapacho e São Bartolomeu.

Segundo a ministra, o levantamento das restrições vai abranger uma área agrícola de cerca de 60 mil hectares, ficando de fora o aquífero Querença/Silves, «o qual manterá a restrição à captação porque não teve a mesma recuperação».

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A revelação foi feita por Maria da Graça Carvalho numa conferência de imprensa em Faro, após a assinatura do protocolo “Água que Une – Estudos para a avaliação do potencial hídrico nas bacias hidrográficas do Algarve”, celebrado entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Associação de Beneficiários do Plano de Rega do Sotavento.

«Houve aqui uma decisão depois do mapeamento feito pela APA e com a qual concordei e que vai ficar efetiva a partir de hoje», após a reunião da Comissão da Seca sobre a gestão de água no Algarve, realçou.

Maria da Graça Carvalho disse ainda que APA vai «rever em alta em todo o Algarve os títulos de captação de água subterrânea em função das novas plantações e atualizar também as áreas, o que não é feito há muito tempo».

No entanto, advertiu que a situação da seca no Algarve «será revista na próxima reunião da comissão, tendo em conta as previsões de um verão muito quente».

«Isto é uma situação que é revista de dois em dois meses e que está a ser monitorizada e teremos se ser muito cautelosos», alertou.

A governante lembrou que a retenção de água nas barragens «só é muito útil se chover, porque se houver muitos anos sem chuva, há que ter cuidados redobrados».

Contudo, referiu, é necessário continuar a combater o desperdício e a poupar água, mantendo-se a restrição de 5% ao consumo de água para todos os setores: urbano, turismo, agrícola e golfe.

Segundo Maria da Graça Carvalho, as albufeiras do Algarve têm atualmente 372 hectómetros cúbicos de água armazenada, o que corresponde a 83% da sua capacidade, verificando-se um aumento de 196 hectómetros cúbicos comparativamente com o mês homólogo de 2024.

A ministra presidiu hoje em Faro à assinatura do protocolo “Água que Une – Estudos para a avaliação do potencial hídrico nas bacias hidrográficas do Algarve, nomeadamente na bacia hidrográfica de Alportel”, entre APA e a Associação de Beneficiários do Plano de Rega do Sotavento.

Segundo a APA, os estudos fazem parte do Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve e têm como objetivo reforçar a segurança no abastecimento de água.

São ainda considerados um contributo relevante para reduzir o risco de inundações em Tavira, integrando o Plano de Gestão dos Riscos de Inundações da RH8 – Ribeiras do Algarve.

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