A programação da Capital Europeia da Cultura (CEC) Évora 2027 tem arranque oficial marcado para Fevereiro desse ano e vai ser anunciada no final de 2026, revelou hoje o diretor artístico da iniciativa.
Em declarações aos jornalistas após a apresentação de cinco projetos de Évora 2027, o diretor artístico da associação gestora, John Romão, indicou que a programação completa da iniciativa será anunciada «no último trimestre de 2026».
«E a nossa programação está prevista começar oficialmente em Fevereiro de 2027», adiantou.
John Romão falava após uma sessão sobre os programas artístico e de infraestruturas de Évora 2027, realizada no Convento de São Bento de Cástris, na periferia da cidade, na qual esteve presente a ministra Margarida Balseiro Lopes.
Na sessão, foram apresentados alguns dos 52 projetos do livro de candidatura, concretamente “Cante – Sons do Vagar”, do músico Tozé Bexiga, “Casa dos Bonecos” e a “Bienal Internacional de Marionetas de Évora”, do Centro Dramático de Évora (Cendrev).
“Hypertêxtil – Bienal de Arte Têxtil do Alentejo”, da Córtex Frontal, “Travão de emergência”, da Estação Cooperativa de Casa Branca, e “Imagens-X”, do Grupo Pro-Évora, foram os outros projetos apresentados.
Nas declarações aos jornalistas, o diretor artístico referiu que a Associação Évora 2027 vai abrir dois concursos em Setembro deste ano, um para a comunidade escolar do Alentejo Central e outro dirigido a estruturas e artistas internacionais.
«Estamos a preparar esses regulamentos precisamente agora», adiantou John Romão.
O responsável assinalou que a ‘open call’ para estruturas e artistas internacionais pretende que sejam propostos projetos «com o envolvimento das comunidades do Alentejo em diferentes domínios artísticos e que exponham essas parcerias com o território».
Sobre atrasos na iniciativa, o diretor artístico reconheceu que a associação gestora está «a acelerar e a tentar recuperar algum tempo que foi perdido», por ter consciência que «o projeto tem algum atraso».
«Estamos a trabalhar com todos os artistas e associações que estão representados no ‘bidbook’ [livro de candidatura]», assim como no «fortalecimento das parcerias nacionais e internacionais desses mesmos projetos, da dimensão do legado e da relação com as comunidades locais», acrescentou.