O Tribunal de Odemira decretou a prisão preventiva do homem detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de roubo qualificado num estabelecimento comercial em Vila Nova de Milfontes, com uma arma que afinal era falsa, revelou esta sexta-feira fonte policial.
A fonte da PJ indicou à agência Lusa que o suspeito, de 53 anos, foi presente na quinta-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Odemira, no distrito de Beja.
O tribunal decretou a medida de coação mais gravosa e o homem foi conduzido para o Estabelecimento Prisional de Beja, onde vai aguardar o desenrolar do processo, segundo a mesma fonte.
Na quinta-feira, em comunicado, a Polícia Judiciária explicou que o roubo aconteceu no passado dia 21 de maio, num estabelecimento comercial situado em Vila Nova de Milfontes.
O suspeito foi detido, esta quarta-feira, através do Departamento de Investigação Criminal de Portimão da PJ, com a colaboração da GNR de Vila Nova de Milfontes, disse à Lusa fonte policial.
Segundo a PJ, em 21 de maio, «após entrar na loja e percorrer vários corredores, o suspeito pegou num produto exposto e dirigiu-se à caixa, colocando sobre o balcão um papel manuscrito dizendo estar armado e exigindo o dinheiro da caixa registadora».
Simultaneamente, levantou a camisa e exibiu «uma arma tipo pistola que trazia à cintura», relatou a Judiciária, revelando que, no decurso da investigação, apurou-se que a arma não era real.
Quando a vítima lhe disse que não era possível abrir a caixa registadora, fugiu a pé.
«No entanto, tendo em conta as circunstâncias do caso e a localidade onde ocorreu, o ato causou alarme social e intranquilidade pública», realçou a PJ.
Na sequência das diligências de investigação efetuadas, com o apoio da GNR, o alegado autor do crime, sem ocupação laboral, foi identificado e foram recolhidos elementos de prova que culminaram na sua detenção e «na localização e apreensão da arma aparentemente utilizada», explicou a mesma polícia.