A plataforma cívica Algarve pela Palestina volta a manifestar-se, este domingo, 29 de Junho, em Faro, pelo fim do genocídio em curso.
A marcha começa às 18h00 e realiza-se desde o coreto do Jardim Manuel Bívar até ao Largo de São Pedro, onde haverá intervenções de quatro participantes.
Diogo Costa, do Comité de Solidariedade com a Palestina, falará sobre o contexto histórico da ocupação israelita e o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), Shanti Fernandes sobre o genocídio e as vozes de Gaza com quem
contacta diariamente e Maria João Cabrita sobre a iniciativa Global March For Gaza, na qual participou, contextualizando e relatando o que aconteceu nessa ação internacional.
Além disso, Sofia Costa, do Conselho Português Pela Paz e Cooperação, falará sobre as ações futuras que estão a ser organizadas no Algarve.
«É urgente o fim do bloqueio imposto por Israel a Gaza há mais de 17 anos, agravado agora pelo bloqueio à ajuda humanitária desde fevereiro, que já provocou dezenas de mortes por desnutrição aguda, incluindo 57 crianças, colocando mais de 70.000 crianças em risco do mesmo nos próximos 12 meses. Este cerco impede também o acesso a cuidados médicos e medicação essencial para pessoas doentes, grávidas, casos de desnutrição e feridos, entre outros, bem como o acesso da imprensa internacional à Faixa de Gaza para documentar o genocídio em curso», salienta a plataforma cívica Algarve pela Palestina.
Desde Outubro de 2023, já morreram, pelo menos, 56 mil palestinianos e mais de 130 mil ficaram feridos, segundo números oficiais, com estimativas de números reais bastante superiores.
«Limpeza étnica, tortura em centros de detenção ilegais, detenções ilegais e arbitrárias, execuções extrajudiciais, bombardeamento de hospitais, ambulâncias e infraestrutura civil essencial (centrais elétricas, depósitos de água, etc.), bombardeamentos maciços em zonas densamente povoadas, proibição de entrada de ajuda humanitária e um discurso público claramente genocida por parte das autoridades de Israel, são alguns dos exemplos de como Israel continua a violar o Direito Internacional», refere a plataforma.
O Algarve pela Palestina apela à participação de todos para exigir o fim do genocídio, da ocupação, do apartheid, da «cumplicidade e conivência da União Europeia no Genocídio em Gaza», da «normalização das relações com o Estado de Israel» e «impunidade das autoridades israelitas»