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Novo Festival Baltum mostra que Albufeira é «multicultural, criativa e acolhedora»

Albufeira já foi Al-Buhera nos tempos islâmicos, mas também, séculos antes, já tinha sido Baltum, o nome que os romanos lhe deram. Para celebrar toda esta diversidade de origens, que faz parte da identidade local, a Câmara apresentou ontem um novo evento, o Festival Baltum, que vai animar 19 pontos do centro da cidade, entre 24 e 27 de Julho.

O objetivo, salientou Carla Ponte, Chefe de Divisão de Turismo, Desenvolvimento Económico e Cultural do Município de Albufeira, é «surpreender os visitantes – e os residentes – em cada rua e recanto da cidade», com um programa variado que inclui espetáculos com grandes nomes – como Gisela João ou Tito Paris -, bailes populares, artes de rua, projeções de videomapping e multimédia, artesanato, contadores de histórias, visitas guiadas ao património, música à janela, entre muitas outras coisas. O mote é: «Celebrar e (Re)Descobrir Albufeira».

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José Carlos Rolo, presidente da Câmara, por seu lado, sublinhou que o novo Festival Baltum quer «dar a conhecer o património arquitetónico, cultural e popular», já que tudo isso tem a ver com a identidade local. Ou, como já tinha dito Carla Ponte, dar a conhecer uma cidade que é «multicultural, criativa e acolhedora»

A apresentação do novo evento teve lugar num «sítio identitário de Albufeira», o Miradouro do Pau da Bandeira, com vista sobre a cidade branca, o mar e a praia dos Pescadores. O dia até amanheceu nublado, fresco e ventoso, não convidando para a praia, mas isso não parecia perturbar os muitos turistas, que se faziam fotografar naquele local.

O Festival Baltum vai acontecer em diversos sítios e tem «uma sequência horária que às vezes se sobrepõe, mas o objetivo é mesmo que as pessoas possam ser surpreendidas durante a visita à cidade», explicou Carla Ponte. Ou seja, durante os quatro dias, a partir das 17h00 e até às 24h00, quem quiser pode percorrer o centro histórico albufeirense, sempre com muito para ver, ouvir, dançar, participar, conhecer, comprar.

Depois de abrirem as bancas de artesanato presentes em cinco locais, o primeiro evento do dia, às 18h00, é o baile popular, com artistas algarvios (Valter Cabrita, Nuno Balbino, Duo 64 e Paulo Coelho), no Telheiro do Cais Herculano, junto à praia.

«A ideia é que as pessoas, quem nos visita e quem é de cá, possam passar por ali, encontrar um baile popular e dar um pezinho de dança e depois continuar a sua visita pela cidade», explicou Carla Ponte.

De seguida, haverá os concertos das 19 horas, na Igreja de Santana, numa colaboração com o Paróquia de Albufeira. Ricardo Martins & Bárbara Santos, João Frade & João Silva, Helena Madeira, Carla Pontes & Ruth Gomes & Christiana Silva são os artistas convidados.

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Quando estes concertos estão quase a acabar, todos os dias haverá um disco sunset no Miradouro do Pau da Bandeira. «Este que é o sítio com o pôr-do-sol mais bonito da cidade vai receber todos os dias um sunset descontraído, leve», com os DJs Sunlize, China, Miguel Neto (Discossauro) e Zé Black. «As pessoas até podem começar aqui a sua visita pelo evento».

Segue-se «o maior desafio do festival, que é tentarmos intervir num espaço que está neste momento degradado, apesar de ter um projeto de reabilitação, que é a antiga Igreja Matriz de Albufeira, que, se calhar, muitos desconhecem». E onde se situa? Atrás do Museu Municipal de Arqueologia.

«O objetivo é recuperar aquele espaço e poder torná-lo visitável durante os dias do festival. E, nesse sítio, vamos contar histórias, que têm a ver com as lendas e os encantos das mouras de Albufeira», contadas por Pilar Coelho e Francisco Guerreiro, com recurso a areia e luz, desenhando e projetando na capela da antiga Igreja Matriz.  Carla Ponte, sem querer ainda revelar tudo, anunciou que «vamos ter mais uma surpresa, que depois, mais para à frente, revelaremos». Haverá dois espetáculos, um às 19h00, mais para crianças até aos 8 anos (e seus acompanhantes), ou outro às 21h00, para o público em geral.

Na Praça da República, frente ao Museu, com a colaboração do Conservatório, a partir das 20h30, o Conservatório vai abrir as suas portas e janelas, para, durante meia hora, os seus músicos, professores e alunos, interpretarem uma peça a que o público, na praça, pode assistir.

Em frente à Igreja de São Sebastião, irá ser montado o palco Electrofolk, que vai contar com quatro projetos bem distintos, sempre às 21h00. Por lá passarão as galegas Caamaño & Ameixeiras, os Ganna, da Ucrânia, e ainda os portugueses Beatbombers e Emmy Curl.

No Jardim Frutuoso da Silva, das 21h00 à meia noite, «porque estamos numa zona residencial», haverá uma Silent Party.

Ali pertinho, na escadaria da Praia do Peneco, às 22h00, está programado um espetáculo de videomapping com banda sonora original, projetado nas falésias.

Ao lado, na esplanada Frutuoso da Silva, Carlos Norton apresenta a instalação sonora «Sete», com luz e som, sobre as personagens presentes no painel de azulejos que decoram este local.

Na Rua da Bateria, o Grupo de Teatro Comunitário de Albufeira, entre as 19h30 e as 21h30, apresentará também um espetáculo.

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Mas o ponto alto de todas estas noites seráo espetáculo com grandes nomes, no palco da Praia dos Pescadores: Gisela João (14 de Julho, às 22h30), Orquestra Ligeira do Exército com Kátia Guerreiro (dia 25, 22h00), o cabo-verdiano Tito Paris (26, 22h30) e finalmente, a louca banda francesa Les Fo’Plafonds (27, 22h30), que prometem deixar muita gente a dançar e a rir, ao som dos seus estranhos e improvisados instrumentos, feitos a partir de tudo e mais alguma coisa.

Continuando na apresentação do extenso – e intenso – programa do novo Festival Baltum, Carla Ponte acrescentou que, em vários locais do centro antigo de Albufeira, haverá sempre artes de rua, com a companhia francesa Les Goulus – Horse Man, e ainda Gata Brass Band, Clown Enano e a Carripana do LAMA Teatro.

Como se tudo isto não bastasse já para despertar a curiosidade de albufeirenses, outros algarvios e turistas, os principais equipamentos culturais da cidade – o Museu Municipal de Arqueologia, o Centro de Artes e Ofícios, o Arquivo Histórico Municipal, a Igreja Matriz e o seu Museu de Arte Sacra, bem como a capela da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira – estarão abertos ao público de todas as idades, com iniciativas próprias.

O destaque vai para o colóquio (dia 24, 14h30, no Museu) sobre «Albufeira Romana – território, cultura e memória», com a participação do arqueólogo e professor catedrático José d’Encarnação, do arqueólogo municipal Luís Campos Paulo e de Idalina Nobre, diretora do Museu de Arqueologia.

Nesse mesmo colóquio, será apresentado um vídeo sobre o património imaterial de Albufeira, bem como a digitalização do Castelo de Paderne, «que está concluída» e que, a partir de agora, torna esse monumento «visitável online». Culmina com um momento musical com Gonçalo Pescada e o seu acordeão.

Depois de tudo isto, na primeira edição de um festival que veio para ficar e marcar a diferença na cidade de Albufeira e no Algarve, falta apenas falar de um pormenor importante: toda esta programação é inteiramente gratuita.

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